2014 em Poemas - Esporte
No
nosso blog eu dei uma olhada
E
vi poemas postados há um tempão.
Véi,
tinha muita coisa errada.
Alguns
versos muito sem noção.
Depois
lembrei que fui desafiado.
Mas
não quero escrever, acho tosqueira.
Não
tenho nem um tema fixado.
E
é meio besta essa brincadeira.
Falar
do que? Da beleza da natureza?
Isso
já virou um clichê.
De
uma menina japonesa?
Já
falaram disso, e por quê?
– Você
é o que faz os resumos, né?
Me
disse um colega achegado.
– Faz
um sobre esse ano, vai que dá pé.
– Ah
cara, acho que você está enganado.
O
tema 2014 é muito complexo.
E
também, vou falar do que?
Isso
está me deixando perplexo.
Só
falaram de Copa e reeleição do PT.
E
falar sobre esporte esse ano tá feio.
Aqui,
futebol é o que move nossa nação.
E
como, na Copa, nossa seleção levou bem no meio,
É
melhor deixar esse assunto pra um alemão.
Nem
do Brasileirão que passou na TV
O
assunto pode ser posto num poema.
Já
que um tal de STJD
Estragou
nosso campeonato sem nenhum problema.
– E
o centenário do Palmeiras? – Ele me perguntou.
– Você
tá falando de zuera, né seu safado?
Nesse
ano o time não se encaixou,
E
ainda quase foi rebaixado!
Cem
anos também fez o Paysandú.
Mas,
tirando sua torcida, quem mais se interessa?
Não
é desrespeitando o Papão da Curuzu,
Mas
quem não é da primeira, não faz parte da peça.
O
futebol carioca foi quase decepção.
Pelo
catarinense foi ultrapassado.
O
Flamengo só acordou depois de um chacoalhão
E
o Botafogo foi rebaixado.
Mas
uma hegemonia quase surgiu.
No
Brasileirão, o campeão foi o Cruzeiro.
E
ele jogou a final da Copa do Brasil,
Mas
quem ganhou foi o Atlético Mineiro.
Na
Libertadores, um milagre se deu.
Milagre
no sentido de piada.
San
Lorenzo, o time do Papa, venceu.
Como
se isso interferisse na jogada.
Na
UEFA, o Real Madrid detonou.
Como
se alguém já não soubesse.
O
Cristiano Ronaldo se achou,
Mas
ele não é melhor do que o Messi.
E
no Mundial, o óbvio aconteceu.
O
San Lorenzo levou um baque.
O
Real Madrid, com méritos, venceu.
Mas
o Auckland City merece um destaque.
– Ah,
fala da Copa, até que foi legal.
Nem
tudo deu errado, tem assunto pra danar.
– Cara,
o Brasil se deu mal.
E
aconteceu muita coisa que não dá pra se orgulhar.
Já
começou com a Cláudia Leitte e aquele “Oh, Eh, Ah”
Que
musiquinha irritante!
Parece
Chiclete com Banana, não dá!
Ou
então coisa de vendedor ambulante.
Seleções
vistas como favoritas pela moçada,
Na
primeira fase saíram, que horror!
A
Espanha, na estreia, levou uma paulada.
Com
o Van Persie fazendo um gol de peixinho voador.
Portugal,
pra mim, sempre foi enganação.
Aquele
Cristiano Ronaldo só tem sorte.
A
Itália e a Inglaterra precisam de renovação.
Pois
perderam pra Costa Rica no grupo da morte.
E
o Brasil, na primeira fase, já demonstrava
Que
só com o Neymar o time não ia pra frente.
Pois,
contra o México, enquanto jogava,
Mostrava
suas fraquezas pra muita gente.
A
partir daí foi só o abismo.
Contra
o Chile, a trave nos salvou.
Nos
pênaltis, o Júlio César até que mostrou heroísmo.
E
o Thiago Silva, sentado numa bola, chorou.
No
psicológico a culpa foi jogada.
Eles
estão muito ansiosos – disse Felipão.
Uma
psicóloga foi contratada,
Mas,
não era esse o problema da seleção.
Contra
a Colômbia o Brasil queria mostrar.
Até
que num lance, um tal de Zuñiga,
Deu
uma joelhada bem nas costas do Neymar.
Foi
sem intenção – disse o zagueirinho de uma figa.
Contra
a Alemanha foi a semifinal.
E
o Brasil sem seu principal jogador.
Sete
a um pra eles, foi fora do normal.
Foi
só um apagão – minimizou o treinador.
A
disputa da terceira foi apática.
Mais
três a zero da Holanda, fora o show.
E
disseram que a Costa Rica foi a seleção simpática.
Simpático
foi o Brasil por tanto gol que levou.
Na
final, Alemanha e Argentina.
A
Alemanha foi campeã depois de um jogo disputado.
E
na Copa, termina a nossa sina.
E,
como prometido, o Maracanazo foi superado.
Mas
ainda teve a repercussão.
Depois
de uma carta inventada, sem eira nem beira,
Todo
mundo xingou tanto o Felipão,
Que
demitiram ele e o Parreira.
– É,
a Copa não foi uma boa memória.
Mas
não tem só o futebol nesse ano de ostracismo.
– E
o que eu ponho nessa história?
– Que
tal automobilismo?
– E
eu vou falar do que? Felipe Massa?
Esse
ano o Hamilton foi campeão.
Eu
nem acompanho mais essa desgraça.
Parece
videogame, é só apertar um botão.
Já
na Stock Car deu Barrichello.
– Ele
foi mais rápido que alguém?
Essa
Stock Car deve dar pra correr até de chinelo.
– Se
Você não sabia disso, você tá pior que eu hein?
– É
meu amigo, tá ruim pra sair com esse tema.
Por
que você não tenta o campeonato de surfe?
– O
que o Medina ganhou? Não sei por num poema.
Pra
mim as regras são tão claras quanto as do turfe.
Que
ele ganhou, legal. Pro Brasil foi inédito o fato.
Mas
pra eu falar disso é arriscado,
Já
que eu nem entendo, nem vi o campeonato,
Não
sei se ele deu um show ou se ganhou apertado.
Foi
quando, no meio da discussão,
Percebi
algo esquisito, e até engraçado.
Aí,
não aquentei e fiz uma indagação
Pra
esse meu colega achegado.
– Cara,
tem algo estranho enquanto estamos falando.
– E
o que é tão estranho, amigão?
– Tudo
o que nós falamos está rimando.
– É
mesmo! Que estranho, não?
É
melhor eu ir antes que fique mais complicado.
Mas
não desiste do poema não.
O
pessoal pode achar bem bolado.
– Você
ainda não parou de rimar, amigão.
Em
2014 o esporte foi assim.
Mas
minha cabeça está doendo, parece um nocaute.
E
como meu dia está chegando no fim
Pra relaxar, vou jogar The Simpsons - Tapped Out.