janeiro 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Só faltou eu pra falar da Copa





Estava eu olhando nosso histórico no blog quando lembrei de alguns posts feitos por meus amigos falando da Copa do Mundo FIFA 2014.

Primeiro, o desabafo da minha amiga Jamile:


Depois, meu irmão, Guilherme falou sobre um "complexo de vira-latas" que o brasileiro sofre:


Aí, meu amigo Isaac fez uma comparação entre a Copa e o Coliseu:



Então eu lembrei que também fiquei de postar minha opinião. Mas, sinceramente, acho muito desconfortável expor a minha opinião sobre a Copa, pois eu sou a favor.
Antes de fechar sua janela, eu suplico, leia a minha opinião, pois como diria a música "Fé nenhuma" dos Engenheiros do Hawaii, "Mas ninguém tem o direito... de me achar reacionário...".


Aliás, essa música expressa muito o sentimento que eu tenho pela nossa geração movida a comentários de Facebook. É só um usuário fazer um comentário mais revoltoso, instigando o leitor a fazer alguma coisa, que os "curtis" se potencializam.



Agora que o governo está investindo em estádios e em aeroportos para recepcionar os estrangeiros, muitos estão colocando camisetas no rosto e fazendo protestos cobrando investimentos na saúde, na educação, no saneamento básico etc. Mas eu vos pergunto, POR QUE NÃO FIZERAM ISSO ANTES?

Aqui, na cidade de São Paulo, desde quando eu comecei a me entender por gente o prefeito Paulo Maluf já era conhecido como o "Rouba mas Faz". Após ele vieram Celso Pitta, Marta Suplicy, José Serra, Gilberto Kassab e Fernando Haddad, cada um realizando cada vez mais cortes em serviços para os paulistanos.

Quando eu tinha seis anos, fui matriculado na EMPG (Escola Municipal de Primeiro Grau) Eurico Gaspar Dutra, considerada a melhor escola da região. Quando o Celso Pitta assumiu, a escola passou a ser EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental), foi retirado o pré e o playground para as crianças virou um estacionamento. Aí a Marta Suplicy assumiu, a qualidade da merenda caiu, tiraram as aulas de informática, fecharam a biblioteca e os professores faltavam a torto e a direito.

É muito engraçado os manifestantes falarem da educação, usando a Copa como um álibi. Mas a educação vem caindo cada vez mais há 18 anos, por que não fizeram isso antes?

O ex-jogador Ronaldo disse "Não se faz Copa do Mundo com hospitais e sim com estádios". A mídia adorou a polêmica. Eu entendi o que o Ronaldo quis dizer, ele usou as palavras erradas. A organização da Copa do Mundo não deve ser responsabilizada pela saúde e pela educação brasileira. O fato de terem usado empréstimos do BNDES para a construção dos estádios não significa que o governo deu o dinheiro. O BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, apesar de estarem ligados ao governo, possuem administração própria, sem intervenção do governo.

E, pra finalizar, vou falar do estádio mais polêmico do Brasil, o "Itaquerão". Você que teve paciência de ver minha opinião até aqui, já visitou o entorno desse estádio? Muitos cidadãos brasileiros viram a construção do estádio não como uma desgraça, mas como uma oportunidade. Aí, como diriam os revolucionários de Facebook, "levantaram suas bundas das cadeiras" (frase que eles escrevem achando que vão deixar a pessoa sentida) e foram atrás de negócios no entorno do estádio, gerando até mesmo empregos (uau! Por que ninguém pensou nisso antes?).

Você já percebeu que essas manifestações contra a Copa acontecem sempre nos horários de pico? Ou eles conseguem sair mais cedo, ou...

Enfim, é por isso que eu acho desconfortável falar minha opinião. Com relação a isso, eu não concordo com a maioria, aí alguns, até por intolerância, não gostam que eu termine de falar.

Se você leu até o final, obrigado.

Meio que por ironia, curta-nos no Facebook, garanto que não somos assim:



domingo, 26 de janeiro de 2014

Os estrangeiros são mesmo apenas bons exemplos para o Brasil? Cap. I - Estados Unidos


Porque não começar com o país mais comparado ao Brasil quando falam "lá é melhor"?
Muitos brasileiros vêem os Estados Unidos como o melhor exemplo para tudo. Talvez ludibriados pelas vidas perfeitas que aparecem nos filmes e nas séries norte-americanas, pelos noticiários brasileiros que insistem veementemente em falar que só existem políticos corruptos no Brasil ou por economistas e jornais de economia que defendem o capitalismo como o melhor sistema político, sabendo que muitas pessoas quando pensam em capitalismo, os Estados Unidos logo aparecem na mente, acabam defendendo o sistema econômico norte-americano (lembrando que não defendo nenhum dos sistemas atuais, sou defensor de uma criação de um meio-termo, mas isso é outra história).
Mas não existe nação perfeita, caro amigo. Vamos ver uma comparação de verdade entre o Brasil e os Estados Unidos. Se eu estivesse falando com você pessoalmente, eu perguntaria: "Você quer que eu comece pelo bom ou pelo mau exemplo?", mas, como eu não estou, vou começar pelo mau.


Saúde


Se tem um setor onde os Estados Unidos não são um bom exemplo é o da saúde. Só pra começar, os Estados Unidos não possuem um serviço público de saúde (conhecido no Brasil como SUS). Não que o SUS seja uma maravilha, longe disso, muito longe mesmo. Mas pelo menos tem, né?
Além disso, existem registros de que alguns planos de saúde norte-americanos pagam um bônus para médicos evitarem de pedir alguns exames e uma comissão de atendimento de pacientes. Quanto mais pacientes o médico vê, mais ele ganha, independente da qualidade do serviço.
Em 2010, o Congresso aprovou uma reforma no sistema de saúde que não agradou nem a gregos e nem a troianos (Democratas e Republicanos), mas não mudou muita coisa.

Agora um bom exemplo.


Educação



Com relação aos salários dos professores e à qualidade do ensino dos Estados Unidos, não existe muito a se comparar, pois cada estado faz sua própria legislação, deixando a educação de algumas cidades comparáveis à do Brasil.
Mas uma coisa nos Estados Unidos que é muito melhor do que o Brasil. Lá não existe vestibular, os candidatos até passam por uma prova chamada "Application", mas o que mais conta na maioria das universidades é a vida escolar do candidato, desde o primário, os sonhos do candidato e como ele se acha útil à sociedade.
Uma boa diferença também é que o "Application" possui um outro método. É passado um texto cheio de erros de gramática ou com ideologias irreais. Cabe ao candidato descobrir os erros e corrigi-los, tudo sem aquele negócio de "onde está o erro?".
O candidato também passa por uma entrevista com a faculdade desejada. Nessa entrevista, o candidato é julgado por tudo o que ele fez na sua carreira escolar e o que deseja fazer na sua carreira profissional.
Isso, na minha opinião, iria calar muitas pessoas que se dizem contra a meritocracia. Algumas faculdades aceitam o candidato simplesmente por ele ser bom em algum esporte.

Agora uma coisa que não é muito diferente.

Televisão


A televisão norte-americana não é muito diferente da brasileira. A baixaria reina em suas emissoras, o sensacionalismo barato é notável na maioria dos telejornais e as emissoras de TV também influenciam na época das eleições.

Este é o "Maury Show", um programa norte-americano que só
passa exames de DNA. Qual programa te lembra?

Talvez uma coisa que o Brasil ainda é inferior aos Estados Unidos nesse quesito, é o fato de o Brasil não investir em séries e programas que não sejam novelas. Pra um artista brasileiro fazer sucesso, ele precisa ter trabalhado numa novela da Globo.
O governo brasileiro inventou as tais cotas (palavra que o governo pensa que resolve tudo) para programas nacionais na TV a cabo, mas o máximo que conseguiram foram uns programas feitos nas coxas como o "Vida de Estagiário" (Warner Channel) e o "Agora, Sim" (Canal Sony). O Comedy Central e a TBS já investiam em programas nacionais antes das cotas.

Viu como nem em tudo os Estados Unidos são exemplo? Isso porque eu só mencionei um de cada. Os Estados Unidos confundem muito patriotismo com xenofobia e sua política externa não é a das melhores.

Esperem até o Capítulo II. Enquanto isso, curta-nos no Facebook:

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Até mais!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Escola musical #1 - Só curte putz, putz, putz,..



No álbum "Eu Sou Pedreiro", de 2011, a banda Pedra Letícia adaptou uma música composta originalmente por Danilo Gentili intitulada "Ela Traiu o Rock n' Roll" (ou Roqueinrou, como está escrito no original). Danilo fala de uma ex-namorada que supostamente "traiu o bom e velho rock n' roll" e agora "só curte putz, putz, putz, putz, putz que o pariu". Dramas reais...

Se servir de consolo, muitas pessoas estão cada vez mais ouvindo "putz, putz, putz", seja pela música eletrônica propriamente dita, seja pela diversas variantes do pop que incorporaram seus elementos mais notáveis. Muitos dos artistas em evidência atualmente fazem música eletrônica, como Avicii, Swedish House Mafia, David Guetta e muitos outros. E muito do pop que toca hoje nas rádios tem influências claras desse estilo musical.

Mas o que é música eletrônica? De onde veio essa coisa e por que ela influencia tantos artistas de hoje? É o que vamos descobrir a seguir.

música eletrônica (s.f.): toda música que é criada ou modificada através do uso de equipamentos e instrumentos eletrônicos.

We are the robots
Na verdade, diferentemente do que Danilo Gentilli e o Pedra Letícia acham, a música eletrônica tal como a conhecemos hoje saiu da costela do rock. Os equipamentos eletrônicos estão presentes na música desde o século 19, mas só no final dos anos 60 os músicos começaram a fazer uso exclusivamente de aparatos eletrônicos em suas músicas.

O primeiro álbum totalmente eletrônico a fazer sucesso nas paradas é bastante peculiar: trata-se de uma trilha sonora do filme Laranja Mecânica, de 1972. Não é um álbum de canções, mas um álbum de temas clássicos tocados no teclado eletrônico Moog.



O álbum foi concebido por Walter Carlos, que fez uma mudança de sexo no ano seguinte e se tornou Wendy Carlos.



Mas foi preciso uma mãozinha do rock pra música eletrônica entrar de vez no gosto musical mais antenado. Porque, para os alemães do Kraftwerk, rock era coisa de engenheiro!



O Kraftwerk era uma banda integralmente formada por máquinas e homens que se comportavam como máquinas. Tinham como influências Lou Reed e MC5, vestiam-se como robôs engravatados e manipulavam exclusivamente máquinas para compor suas músicas. Porque queriam apenas tocar rock sem precisar de bateria. E acabaram criando as bases que iriam revolucionar a música pop.

O Kraftwerk é uma banda de 1970, mas foi em 1974 que ele surpreendeu o mundo com seu álbum "Autobahn", que foi sucesso nas paradas e na crítica.



Além do sucesso, "Autobahn" foi um álbum que fez todo mundo se perguntar: é legal, mas é... rock?

Não sabemos, mas é fato que o Kraftwerk não teria chegado onde chegou sem o apoio de seu maior fã.



Sim, David Bowie, o camaleão do rock, Ziggy Stardust, artista mais inovador dos anos 70 e fã nº 1 do Kraftwerk.

Foi sob influência do Kraftwerk que Bowie foi até a Alemanha criar o que ficou conhecido como Trilogia de Berlim: os álbuns "Low", "Heroes" e "Lodger", todos produzidos por Brian Eno entre 1977 e 1979 com o uso e abuso de todos os recursos eletrônicos disponíveis até então, sem deixar de lado as músicas que já são marca registrada de Bowie.



No meio das gravações da Trilogia, Brian Eno chamou Bowie para mostrar-lhe o que ele considerava ser o futuro da música Pop - uma faixa do disco "I Remember Yesterday", de Donna Summer. É um disco normal de disco music, exceto pela última faixa, futurística, sintetizada e muito dançante.



"Um dia, o Eno entrou correndo no estúdio e disse: 'Eu ouvi o som do futuro, esse single vai mudar o som dos clubes e pistas pelos próximos 15 anos'".

Foi um grande exercício de futurologia, mas, como veremos mais adiante, Eno errou sua previsão.

O electro-pop
A primeira música desse estilo a chegar ao topo das paradas foi "Cars" de Gary Numan



Basicamente, o electro-pop é plenamente inspirado no som eletrônico do Kraftwerk, mas com a diferença de que apresenta vocais melódicos e sonoridade mais próxima do pop a que estamos acostumados. Logo após o sucesso de "Cars", o Human League surgiu para notabilizar de vez esse estilo.



O Human League surgiu no final dos anos 70 com uma missão: fazer sucesso na música pop sem precisar usar guitarra nenhuma vez. Era coisa de louco! E eles não apenas cumpriram sua missão como acabaram inventando o som dos anos 80!

Sabe quando você ouve uma música e diz "isso é tão anos 80"? Culpa do Human League.



Com o sucesso escancarado pelo Human League, as guitarras tornaram-se absolutamente dispensáveis para a música pop e ficaram bem próximas do esquecimento! Já imaginou um mundo sem guitarras? Os produtores dos anos 80 já.

Muita gente achou que a mania de fazer música usando equipamentos eletrônicos seria apenas uma modinha, mas você já ouviu uma rádio top 40 hoje? Quantas guitarras você achou? Pois é. Aliás, por ironia do destino, "a última moda" é o significado traduzido do francês do mais importante nome da história do electro-pop.

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A última moda do Depeche Mode dura até hoje, não apenas no legado, mas também na própria existência da banda, que inclusive lota estádios. É uma espécie de U2, só que electro-pop...



Logo no início do grupo, seu principal compositor, Vince Clarke, saiu da banda alegando que não suportava a fama, a rotina de shows, e coisas do tipo. O fato é que o Depeche Mode fez muito sucesso sem ele. E ele... fez muito sucesso sem o Depeche Mode.



O Erasure foi a terceira tentativa de Clarke de voltar ao cenário musical. A primeira foi o Yazoo, em parceria com Alisson Moyet, que teve um sucesso, digamos, moderado. Depois ele fez o The Assembly, em parceria com Feargal Sharkey e o produtor Eric Radcliffe, que também produziu os primeiros trabalhos do Erasure, parceria de Clarke com o vocalista Andy Bell. Foi com o Erasure que Clarke conheceu a fama e o sucesso de verdade!

O electro-pop também produziu outras duplas como Soft Cell e Eurythmics. E não podemos esquecer da mais famosa dupla oitentista do electro-pop: os Pet Shop Boys.







Tudo com máquina, tudo eletrônico, tudo sem guitarra. Cadê as guitarras, perguntavam-se os roqueiros? Estavam com bandas como o Devo, que eram eletrônicas mas faziam rock. Ou seja, não só programavam instrumentos eletrônicos, como também tocavam de próprio punho instrumentos tradicionais.



Outra banda a misturar musica eletrônica com rock foi o Duran Duran, que também investiu muito em videoclipes em uma época em que a MTV ainda ensaiava seu domínio global que se estendeu até o advento da Internet.



Influências
O electro-pop é o estilo musical que mais influenciou o pop na história. Quase tudo que você ouve hoje tem influência desse estilo musical que foi regra no pop dos anos 80. E as diversas influências do electro-pop passaram por diversos países, inclusive o Brasil. Para entender melhor, vamos ver um pouco de geografia electro-pop.

O electro-pop nasceu influenciado pelos alemães do Kraftwerk nos anos 70.



A influência do Kraftwerk chegou ao Japão da Yellow Magic Orchestra.



Tempos depois, os ingleses do Spandau Ballet fizeram um electro-pop mais meloso.



Enquanto isso, na Noruega, o A-ha arrasava corações.



E no Brasil? Bem, o Brasil estava vivendo o processo lento e gradual de abertura política e, com isso, se aventurou mais no rock, que os anos de chumbo impediram que se fizesse. Os anos 80 foram, no Brasil, o que os anos 60 foram para a Europa e para os EUA. O Brasil só passa a acompanhar o ritmo do pop internacional a partir da segunda metade da década de 90, com o hardcore, o rap, o reggae, o Skank, a Nação Zumbi, o Charlie Brown Jr., etc.

Mas o electro-pop também teve uma passagem por aqui, ainda que mais tímida do que na Europa. Tivemos artistas como Azul 29, Black Future e Metrô.



Mas, espera aí um minuto... Nós fomos até pra Noruega, se formos mais pra frente vamos chegar até na Islândia. Mas e os EUA, a terra mãe do rock n' roll? Não teve electro-pop?

De fato, os EUA não tiveram nenhum grupo de electro-pop tão famoso quanto os europeus. No entanto, foi o país que mais se aproveitou da novidade - já imaginou o que seria da Madonna sem o electro-pop? E Michael Jackson, o que você acha que fazia o som único de sua autoria? Baixo e guitarra?

O maior exemplo de como os EUA se apropriaram do electro-pop é o hip hop. Muitos artistas desse gênero simplesmente constituíram sua sonoridade com o uso de máquinas típicas do electro-pop e o estilo jamais teria se desenvolvido se os americanos não tivessem prestado muita atenção nos europeus. Um exemplo clássico é o do rapper Afrika Bambaataa.



Os europeus influenciaram os americanos. E os americanos, anos depois, influenciariam os europeus. Graças a isso nós conhecemos simplesmente o grande hino do electro-pop.

Em 1980, Ian Curtis, vocalista do Joy Division, cometeu suicídio, motivo pelo qual a banda acabou. Não se sabe o verdadeiro motivo do suicídio de Curtis, mas o fato é que, mesmo com o fim do Joy Division, os integrantes da banda queriam continuar na música. Então Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris, membros remanescentes do Joy Division, formaram uma banda nova com o auxílio de Gillian Gilbert - a mulher que nunca ri - que recebeu o nome de New Order.

O New Order é uma banda que nasceu em 1980, mas só encontrou seu estilo anos depois durante uma viagem aos EUA em que seus integrantes conheceram o som de um rapper chamado... Afrika Bambaataa!

E assim, o New Order se encontrou no electro-pop. E foi por se encontrar no electro-pop que o New Order compôs o hino do electro-pop: "Blue Monday"



As máquinas mudam, a música muda
A principal diferença do electro-pop dos anos 80 para a música eletrônica que domina as rádios hoje é que o electro-pop tem vocais e melodias que as pessoas reconhecem como pop, enquanto a música eletrônica atual é mais próxima do dance e do disco, podendo ou não ter vocais similares ao pop. Alguns nem fazem questão de usar vocais.

O fato é que nos anos 90 surgiram os primeiros artistas influenciados pelo Human League e pelo New Order, só que com máquinas melhores e mais potentes.

Aliás, ressalte-se que o avanço tecnológico é um dos fatores do avanço da música eletrônica como gênero musical. Diferentemente de outros gêneros, como o rock, o samba e a MPB, que dependem muito pouco do avanço de seus instrumentos, a música eletrônica avança junto a tecnologia, de forma que surgem novos equipamentos menores e com sons mais apurados. Um show do Kraftwerk tinha uma sala exclusiva para os sintetizadores caríssimos dos anos 70. Hoje você faz muito mais com um Casio!

Em 1986 surgiu na Inglaterra o Underworld. Era uma banda normal de rock, com guitarra, baixo, teclado e bateria. Mas o som era totalmente eletrônico.


Já o Massive Attack adicionou elementos de soul ao electro-pop, tornando-se referência no estilo só que mais suave... O novo estilo ganhou o apelido de Trip Hop.



Também teve o Prodigy, que criou uma música eletrônica mais pesada e roqueira - uma espécie de heavy electro-pop. E não podemos esquecer dos Chemical Brothers, que mantiveram a tradição das duplas na música eletrônica, e de Moby que vendeu 10 milhões de cópias do seu álbum "Play".





Na França, surgiu o Air, que combinou vocais e sons robóticos com uma fofura bastante peculiar. E na Islândia, Björk dominou o cenário electro-pop mais cabeçudo e sofisticado.





Um ouvido mais atento perceberá que as músicas acima são compostas de elementos do electro-pop, mas com equipamentos melhores e referências musicais mais extensas. Todas serviram de balão de ensaio para o que ocorreria com a música eletrônica na década seguinte. Contudo, além dessas experimentações electro-pop, havia estilos musicais totalmente diferentes.

Aquela música da Warehouse
Ao mesmo tempo em que electro-pop absorvia por completo a música pop, uma casa noturna se destacava em Chicago, fundada no ano 1977.

1977? Ei, esse não é o ano de lançamento de "I Feel Love", da Donna Summer?

Sim, e por esse motivo que o exercício de futurologia de Brian Eno é exemplar - embora errôneo, como se verá mais adiante. A casa noturna Warehouse, fundada por Frankie Knuckles, foi a madrinha do surgimento de um dos mais populares estilos da música eletrônica moderna.

A Warehouse era uma casa noturna que atraía principalmente gays, negros e latinos. Sua programação musical era composta exclusivamente de uma mistura da disco music com a música eletrônica europeia (exatamente o que Donna Summer fez). As faixas faziam sucesso também fora da casa noturna, houve inclusive o desejo de ter aquelas músicas em discos. Os frequentadores da casa noturna passaram a ir às lojas de discos buscar "aquela música da Warehouse" ("that Warehouse music"). O nome Warehouse music pegou e foi utilizado largamente até ser contraído para house music, um tempo depois da casa noturna mudar de nome.



Reparou no parentesco com o electro-pop? Pois é, o mundo não mudou tanto assim...

Em 1987, 10 anos após o lançamento de "I Feel Love", a house music começa a aparecer com mais frequência no cenário pop. É nesse ano que "Jack Your Body", de Steve 'Silk' Hurley, chega ao primeiro lugar nas paradas britânicas.



Com a forcinha desse single e com a evolução das máquinas musicais, os anos 90 foram cheios de house music com diferentes formas, influenciados pelo novo cenário eletrônico (tópico acima) e por uma nova geração de casas noturnas.







Agora se aproximou bem mais do som a que você está acostumado.

A house music foi também uma das influências do dance-pop do Deee-Lite, grupo que revolucionou o dance e o funk logo no começo dos anos 90. Com certeza você já ouviu a música abaixo!



Agora você deve estar se perguntando: mas você só vai falar desses dois estilos musicais? Tem tantos outros estilos de música eletrônica no mundo! Na verdade, com exceção em partes da música industrial, toda música eletrônica é inspirada em variantes, mas suaves ou mais agitadas, do electro-pop, com características de dance music - inclusive o house, que foi tratado neste artigo para que possamos entender uma transformação crucial da música eletrônica, de que vamos falar mais pra frente.

O fato é que pra música eletrônica desabrochar na forma em que conhecemos hoje foi preciso o auxílio de mais uma dupla electro-pop. Ou seria house?

One more time we're gonna celebrate...
Foi em 1987, ano do primeiro single house a ocupar o topo das paradas britânicas, que Thomas Bangalter conheceu um cara que hoje se identifica como Guy-Manuel de Homem-Christo. O encontro se deu em uma escola secundária em Paris e os dois, para alegria da música eletrônica, se tornaram bons amigos.

Essa amizade resultou em uma parceria musical que resultou no grupo Darlin', em parceria com outro colega de escola. Era um grupo à base de guitarra que lançou um EP chamado "Stereolab". O próprio Thomas disse uma vez que o rock que eles faziam era bem mediano.

"Foi tão breve, talvez seis meses, quatro músicas e dois shows e então acabou".

A crítica musical não foi nem um pouco amena com o Darlin', a ponto da revista inglesa Melody Maker classificar o grupo como "um bando de punks malucos". O curioso é que em vez de rechaçarem a crítica, Thomas e Guy-Manuel acharam graça. Tanto que "punks malucos" é justamente a tradução em inglês do nome de um projeto musical que a dupla fez anos depois. Um projeto musical que se tornou um dos maiores nomes da história da música eletrônica.



O Daft Punk surgiu oficialmente em 1993, seis anos após a ruinosa experiência do Darlin'. Em 1994, lançou o primeiro single, "The New Wave", que foi seguido do lançamento, em 1995, de "Da Funk". Ambos os singles foram incluídos no álbum de estreia da dupla, "Homework", lançado em 1997. Com esse álbum, os punks malucos do Daft Punk ajudaram a explodir a tendência atual da música eletrônica.



O Daft Punk lançou as das bases para a música eletrônica moderna, ao lado de Moby e Chemichal Brothers. O que a dupla francesa fez foi misturar os elementos típicos do electro-pop com o ritmo dançante do house. A partir de "Homemade", a música eletrônica entrou em seu estágio definitivo para a modernidade!

Agora uma pausa para entender um lance que está sob suspense desde o comecinho desta aula.

O álbum "I Remember Yesterday", de Donna Summer, foi lançado em 1977, ano em que foi lançado o primeiro disco da Trilogia de Berlim de David Bowie. Na década de 80, assistiu-se ao domínio absoluto do electro-pop, seguido do primeiro sucesso house em 1987, 10 anos após o lançamento do disco de Donna Summer. Na década de 90, o electro-pop se transforma e Moby vende 10 milhões de cópias do seu álbum "Play" de 1998. E em 1993, surge o Daft Punk, que transformaria a música eletrônica para sempre nos anos seguintes.

E pronto: chegamos no ponto crucial da aula. A futurologia de Brian Eno errou feio! Segundo o comentário de Brian, a música eletrônica sumiria do mapa, ou iniciaria seu processo de sumiço, em 1992. No entanto, um ano depois surge o Daft Punk, que deu sobrevida ao estilo eletrônico e abriu as portas para uma nova revolução das máquinas na música, uma revolução que segue até hoje nos clubes e pistas, bem como em toda a música pop, 22 anos depois do ano derradeiro segundo Brian Eno.

A década de 2000 entra com um novo single do Daft Punk, uma das músicas mais memoráveis da década que estava apenas começando.



Esse single lançou o Daft Punk à estratosfera do pop, mas na verdade ele não é tão revolucionário quanto os primeiros trabalhos da dupla, ele apenas acompanhou uma tendência que é justamente a tendência da música eletrônica de hoje.

A confirmação final
No começo dos anos 2000 surgem os primeiros artistas que cresceram influenciados pelo Daft Punk, pelo Moby e pelo dance das casas noturnas, só que mais uma vez eles tinham máquinas muito mais evoluídas! É nessa época que surgem Fatboy Slim, Basement Jaxx, Gigi D'Agostino, Erika e um sem-número de artistas.









É sob influência desses artistas que a música eletrônica passa a tomar a forma que tem hoje, combinando elementos de house, electro-pop e até um pouco de hip hop. O resultado foi um ritmo bem dançante e moderno, também graças ao avanço tecnológico. E não podemos esquecer que os artistas dessa época são influência direta dos artistas atuais - e as mudanças pelas quais passou a música eletrônica nos pultimros anos foram mais sutis do que em outras viradas de década.

Em 2005, o LCD Soundsystem lança um single com o sugestivo nome de "Daft Punk Is Playing At My House".



Repararam um certo parentesco com Moby? Pois é...

Entre 2005 e 2006 surgiram no cenário eletrônico nomes como Hot Chip e Mason. É nessa época que o dance começa a se tornar coisa de rádio top 40. Também é desse ano o lançamento de "Put Your Hands Up 4 Detroit", de Fedde Le Grand, a música do Homem-Aranha Gay! E também não podemos nos esquecer de Bob Sinclar, um dos principais nomes da música eletrônica na época.









Em 2007, David Guetta chega como um furacão no caminho para se tornar o DJ nº 1 do mundo, sendo também o DJ preferido para parcerias com artistas pop.

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Dois anos depois, o Black Eyed Peas lança "The END (Energy Never Dies)", em que o grupo se apega mais a faixas sintetizadas e dançantes, mas sem perder as tradicionais referências ao funk e ao hip hop.



Nesse meio tempo, conhecemos artistas como Alex Gaudino, Ian Carey, House Boulevard, Yves Larock, Justice, MGMT,.. Que lista interminável! E também não podemos nos esquecer que Moby, aquele que ficou conhecido no electro-pop, decidiu nessa época abraçar a carreira de DJ.















O que tem pra hoje?
Antes que me perguntem, esta seção estará presente em todas as aulas da escola musical que envolverem análises de estilos musicais.

Pra hoje, há artistas como Swedish House Mafia, Calvin Harris e Avicii. Pra quem curte electro-pop mais raiz, Cansei de Ser Sexy é uma boa pedida. E, claro, não posso deixar de lembrar que estilos como bubblegum pop e hip hop estão sendo cada vez mais influenciados pelo cenário das pistas.









Da trilha de "Laranja Mecânica" a Avicii, a música eletrônica mudou muito, mas uma coisa não muda: sua disposição em buscar o diferente e influenciar toda a cultura pop.

***
Essa foi a nossa primeira aula. Gostaram? Então, deem um curtir no Facebook. E não deixem de usar o Face e nossa caixa de comentários para dar sugestões para as nossas próximas aulas. Para ouvir no recreio, deixo vocês com o electropop suave de "Fireflies", do Owl City.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Os estrangeiros são mesmo apenas bons exemplos para o Brasil?



Quem nunca ouviu os chatos com a síndrome do vira-latas falando “lá nos Estados Unidos não é assim”, ou “lá no Japão é melhor”, ou “lá na Europa a qualidade de vida é muito maior” etc.?

Quando você ouve alguma coisa dessas você já vai concordando porque o Brasil é ruim mesmo, discorda porque o Brasil é um paraíso ou cada caso é um caso?

E que tal se aparecesse um outro chato comparando vários fatores como saúde, educação, cultura, política, economia etc. só para ver se o país é de fato um bom exemplo para o Brasil?


Pois é, eu serei esse chato. Eu vou postar aqui, no Um Pouco do Nosso, uma série de posts comparando alguns países considerados modelos mundiais com o nosso Brasil pra ver quais são os pontos onde o estrangeiro é um bom exemplo, um mau exemplo ou exatamente igual.

Vejamos o que você sabe sobre isso.

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

I forgot my phone parte II: preciso mesmo de um Android?




Meu celular não é velho, ganhei-o no final de 2011. O patrão do meu pai queria um dispositivo pra ele se comunicar e deu um celular que sua esposa recusou. Meu pai, que já tinha celular, quis dá-lo pra minha mãe, mas ela também já tinha um bom celular do qual não queria se desfazer. Meu irmão tinha comprado um recentemente e eu, o único sem renda em casa, achei que era uma boa hora de tirar o peso da responsabilidade de meu celular de flip, que ainda vive sem chip. O fato é que o celular, dado a meu pai, acabou ficando pra mim. Seus dois atrativos eram a TV digital e o MP3, que meu outro celular não tinha.

Mais de dois anos se passaram, meu celular deixou de ser uma novidade mesmo em casa - até meu irmão tem um melhor que eu. E estamos assistindo cada vez mais ao domínio absoluto do Android, robozinho criado pelo Google que se tornou o sistema favorito de quem usa sempre o aparelho mais moderno. Muita gente acha que eu deveria trocar de celular, inclusive amigos meus que me mostram sempre os novos aplicativos, as conversas via WhatsApp, as partidas de Dead Trigger (espécie de Resident Evil móvel), etc.

Mas será que eu preciso mesmo trocar de celular? Será que preciso aposentar, depois de dois anos, meu velho celular touch? Passei um tempo pensando nisso e, com base nessa dúvida, até estudei o funcionamento do Android.

O que eu mais uso em termos de conteúdo? Música, rádio, joguinhos e muita leitura. Os três primeiros têm no meu celular, o último me parece suficiente no PC. Além disso, seria bom ter suporte para uma Internet rápida. O Android oferece isso, o problema é achar uma Internet rápida - uma amiga demorou mais pra postar no Facebook pelo 3G pré-pago do que eu no WAP. Pra ter uma boa velocidade é preciso um plano pós-pago. Assinar um é uma dor de cabeça, descobrir que a operadora escuta seu tráfego para vender certas funções em pacotes mais caros, como em uma TV paga, é uma dor de cabeça ainda maior. Não me parece um bom negócio no momento...

É mais potente que meu celular, é verdade, mas se meu celular dá conta do recado e os recursos Android mais requisitados são tão simples quanto um WhatsApp, por que eu PRECISO trocar de celular?

Na imagem acima está o print de uma aplicação Android: o aplicativo que permite ouvir a Antena 1. Na hora pensei que fosse o Tune In, mas depois me foi dito que não era. Pra falar aqui é melhor ainda: é mais inútil porque pega uma rádio só, que eu ouço no FM do meu celular. O Tune In ainda tem uma centena de rádios do mundo todo...

É pra isso que existe o Android? Eu tenho um celular com rádio FM, descarto esse celular pra ter um Android e não posso seguir ouvindo minhas rádios a não ser que eu baixe um ou mais aplicativos que demandam de acesso à Internet? Não é tão mais fácil e rápido ouvir rádio pelas velhas ondas radiofônicas de 88 a 108 MHz? Sim, pois se no meu PC e no meu Notebook o streaming já demora pra carregar, imagine em um celular cuja antena de Internet é menor...

Mas pelo menos tem rádios do mundo todo. Só que elas tocam exatamente aquilo que as rádios brasileiras tocam. Rádios top 40 vão tocar top 40 no mundo todo, bem como rádios classudas, como a Antena 1, serão classudas em todo o planeta também. A coisa só muda quando falamos de música nacional e regional. Alguém está disposto a ouvir cumbia? Acho que não.

Lembrei da velha Multicanal. Minha mãe assinou duas vezes antes dela ser incorporada pela Net. A variedade de canais era risível se comparada à TV de hoje, mas aquela TV ninguém mais verá! Lembro que dificilmente saía do Cartoon Network, com as vinhetas todas em inglês e dubladas. Lembro dos Cartoon Cartoons estreando, desde O Laboratório de Dexter até As Meninas Superpoderosas, lembro da Hora Acme passando em um horário decente, lembro quando Pokémon começou a passar, lembro até das vinhetas, muito similares às da MTV. Você não encontra a maioria delas nem no YouTube, nem no Tooncast.






Eu não sentia falta de TV digital nessa época, só queria ter os meus canais favoritos. Hoje eu tenho Net Digital, legalmente sucessora daquela Multicanal. Se me perguntarem o que eu prefiro, responderei sem dúvida: prefiro a época em que Johnny Bravo era destaque e que 2 Cachorros Bobos estava no ar ainda. Me acostumei muito ao meu guia de programação digital, mas ele não substitui o Superstation, as séries clássicas da Warner, os documentários do Discovery que me faziam querer saber alguma coisa sobre ciência.

Assistir o Cartoon pela Net Digital e ouvir a Antena 1 no Android me parecem coisas parecidas. Minha TV antiga tinha uma ótima recepção de cabo e meu celular tem um rádio FM muito bom, além de fazer tudo aquilo que eu quero em um celular. Pra que trocar? Existe a necessidade de se ter um celular com Android? Ou será que nós só compramos essas coisas porque nossos amigos também têm e nós não queremos ficar pra trás? É realmente necessário se falar pelo WhatsApp ou usamos o WhatsApp porque nossos colegas de turma estão lá e falar com eles por um aplicativo desses é mais moderno?

A gente consome porque precisa ou consome pra mostrar que colabora com a seta dourada? A troca do Facebook pelo WhatsApp me parece estar relacionada com a seta.

Agora me deem licença porque este velho que vos fala vai batucar uma Olivetti, como o Mino Carta faz.

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Falei tanto desse vídeo mas não compartilhei. Melhor fazer agora. Abaixo, o documentário A História das Coisas. A dublagem é estranha, mas o conteúdo vale a pena.



Em tempo: me disseram que pega rádio FM no Android, mas o app ajuda a achar o nome das músicas. Isso o torna ainda mais inútil: o rádio está ali no celular e pra achar o nome da música bastar ativar o texto de rádio que até meu celular tem.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Depois de liberar o baile funk nas ruas, MC Haddad quer marcar um rolezinho.


Tá igualzinho a um funkeiro, não? Até o jeito torto de colocar o boné. 

Nesta quarta-feira, dia 8, o prefeito de São Paulo MC Haddad (novo nome dele perante a juventude culta) vetou um projeto de lei criado pelos vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD).

O projeto de lei proibia bailes funk em VIAS PÚBLICAS (ruas, avenidas, estradas etc.) e LOCAIS ABERTOS (estacionamentos, postos de gasolina ou qualquer outro lugar que não seja fechado e próprio para festas). Eu coloquei no caps lock porque a juventude culta pode não entender minha posição que é: pode fazer a vontade, desde que não me incomode.

E por que estou chamando de “juventude culta”? Porque segundo MC Haddad, “o funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem”.

Após o ocorrido, MC Haddad agora está marcando um rolezinho no Mercado Municipal. Já com as presenças confirmadas de Netinho de Paula, Marta Suplicy, Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Antes de terminar, eu queria pedir a ajuda de vocês. Refletindo no que MC Haddad disse, eu me senti um cidadão sem cultura, pois odeio funk. Eu quero ser culto, quero gostar de funk. Então estou propondo um concurso cultural apenas para os cidadãos sem cultura, como eu. Vamos fazer um funk para a campanha da reeleição de MC Haddad para as eleições de 2016.

Só de raiva, eu voltei.


Esses dias eu estava dando uma olhada nas curtidas do blog no Facebook e fiquei surpreso com algo. O post “Começar de novo”, feito melo meu irmão falando que eu iria parar de postar os meus resumos da semana (por decisão minha) foi o post mais curtido do blog.

Eu fiquei chateado pacas com a reação de vocês, isso magoa, sabiam?

Então decidi fazer como entidades célebres como Charlie Sheen, Rafinha Bastos, Danilo Gentilli etc. e voltei. Como diria Zagallo: “Vocês vão ter que me engolir!”


Até mais!