julho 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Facebook: um alucinógeno viciante


Existe uma coisa no Facebook que me deixa perplexo. É que quando eu fico entediado eu entro nas páginas do Estadão, da Folha, do G1 entre outros, e começo a ver as notícias que eles põem e os comentários dos usuários que vêem as notícias. Eu fico indignado com a
ignorância e a falta de interesse pela busca de informações do povo que comenta.
Há um tempo atrás eu postei um texto aqui, de minha autoria, que buscava incentivar as pessoas a questionar a informação que lhes era passada, era o "Questionar é importante". Mas ultimamente eu vi que as pessoas nem sequer buscam a informação, apenas o título lhes bastava para xingar (e somente xingar, nunca vi alguém elogiando ou defendendo).
Eu falei no texto que usar expressões como “mas”, “e se”, “porque”, “como”, “onde”, “quando”, “quem”, “qual”, “quê” e “será” não era sinal de que você estava confuso, era sinal de que você quer saber mais. Mas ninguém quer saber mais.
Alguns temas como a homofobia, o sistema de cotas, os planos do governo entre outros são temas que as pessoas só dão uma olhada por cima e já vão dando o pitaco delas, sem saber o que aquilo representa de fato ou se o título da matéria realmente condiz com o que está escrito. E se você tenta corrigir a pessoa, perguntando se ela leu a matéria, ela começa a xingar você, como se você fosse o idiota da conversa.
Por que eu chamei o Facebook de alucinógeno? Porque graças a ele, pessoas que têm justamente esta atitude que eu estou descrevendo aqui estão influenciando outras por aí e criando alucinações como a anarquia (qualquer país que fosse uma anarquia seria um caos total), a falsa laicidade do estado (estado laico é diferente de estado ateu), uma briga idiota entre PT e PSDB, várias teorias da conspiração, esse falso ateísmo (chamo de falso porque quando vejo eles falarem, vejo que não passa de uma crença), achar que a tarifa de ônibus seja 100% gratuita, achar que o humor é uma falta de respeito com algo, achar que o racismo é o preconceito predominante no Brasil, achar que a bandidagem é fruto da falta de oportunidade entre outras conversas infundadas e ridículas.
Uso esse post para pedir para que as pessoas que procuram a informação comecem a incentivar as outras pessoas a fazer o mesmo. Antes de opinar nessa droga alucinógena (mencionei apenas o Facebook por ser o mais gritante, mas o YouTube e o Twitter têm suas parcelas) leia a matéria e tire suas conclusões.
Duvida que por causa da foto e do título vão pensar que é um post de humor?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O partidarismo ou o comodismo são fabricas fiéis da decadência brasileira.




Estamos presenciando uma Guerra Civil, na qual, muitos levantam cartazes defendendo seus direitos.

Até que ponto chegamos... Precisamos sim de uma pauta concreta, uma por vez, porque as causas fazem filas. Talvez, por termos tantas e não difundir uma, esteja essa bagunça em meio as manifestações, mesmo assim, já conseguimos deixar políticos com rabinho preso.
Todos os brasileiros souberam com clareza a força que carregam, a partir do momento em que a tarifa, baixou!
Parabéns minha gente, sinto orgulho e o peito cheio de emoções ao ver o Brasil, vivo.
Mas, ultimamente venho me perguntando, por que isso acontece...
Será que todos os políticos são ladrões, ou todos são pessoas que não tem noção de administração?
Será que são preguiçosos e não trabalham porque é muito esforço?
Essas dúvidas vinham me corroendo.
Até que, eu comecei a lembrar que antes tinha e tenho o conceito de que o povo, tem o poder em mãos.
Então, para cada um dos que estão ali, a frente, conseguiram votos, e pessoas votaram.
Não estou procurando culpar ninguém, exatamente, talvez só esclarecer-me os fatos.
Hoje em minha cidade, estou vivendo uma nova chapa eleitoral, dia 07 de julho será a votação.
Eu não sou uma pessoa que levanto bandeira de partido, sou uma pessoa que, pesquiso sobre e voto calada... Não menosprezo ninguém por levantar a bandeira, mas acho que essa tal 'bagunça brasileira' provém de uma má colocação politicaria, vejo hoje, pessoas que com toda força gritam o nome de tal candidato, assim sendo, pergunto-lhe: como anda a ficha dele no TRE?
Elas não sabem responder-me, e as que tem conhecimento sobre certo erro, justificam que ''é melhor tal que rouba e trabalha, do que tal que não rouba e não faz nada.'' Pensamento pequeno, partidário. Me vem um outro pensamento: É Jamile, nem todos tem acesso a tais relatórios... blá blá blá. Não, pera aí, certo... nem todos, e é por isso que existem tantos corruptos imundos e imunes, pois, existem muitas pessoas acomodadas, são sim acomodadas, todos podem ter acesso a informação que quiser, principalmente nos dias de hoje, que a área de comunicação é tão abrangente. 
Só pra constar, um dos candidatos dessa nova chapa eleitoral, tem cerca de 80 processos no Poder Judiciário de Pernambuco. Já teve até mandado de prisão e cassação de direitos políticos por 8 anos(em 2012).
Bem só não venham me perguntar porque ele está novamente, sendo candidato... A minha resposta certamente seria: Eu só sei que a justiça não é justa para todos.
Então nessa dissertação de pensamentos, entendi, a verdade desta decadência em que o Brasil vive, é nada mais, nada menos do que acomodação, preguiça, alienamento, forte índice de necessidades mínimas, que qualquer um compra por um pão, e assim, ganha um voto. Povo brasileiro, vocês não precisam de migalhas, de bolsas tal coisa, ou de bater no peito defendendo um nome, para ganhar um emprego em prefeituras.
Vocês precisam de informações.
E é por a falta delas que estamos nesta ridícula posição social, educacional e trabalhista.
Então me vêm, por fim mais uma grande dúvida: O Brasil, de fato acordou?
Isto eu só irei declarar quando ver pessoas votando com pleno conhecimento sobre o seu candidato escolhido pois, o poder mais forte que cada cidadão tem nas mãos, é o seu voto, e nele sim a consciência faz morada. 

"Não sou contra as manifestações, mas sou a favor daquilo que venha a evitar a necessidade delas."

Pátria amada, Brasil!

Sobre coragem jornalística



Dia desses andei vendo algumas edições do perdido programa Roda Viva. Perdido porque cada vez mais morno e previsível no trato de suas entrevistas. Programa vai, programa vem e eu começo a ver uma entrevista com o jornalista Victor Navasky, que foi durante anos publisher da revista The Nation. Esta entrevista me marcou profundamente, pois foi nela que descobri o maior ato de coragem jornalística da história.

A revista The Nation é basicamente uma revista de opinião política que se define como de esquerda - sem rotular o que é esquerda pois todas as correntes contrárias ao conservadorismo podem falar, de liberais a progressistas, "dos que querem proibir a pornografia aos que querem permitir que se publique o que quiser", como disse Navasky. Esta linha não desperta o interesse do grande público - exceto em casos mais graves: "Brincávamos dizendo que se for ruim para o país é bom para The Nation", brincou explicando-se depois: "Quando Bush levou o país para uma guerra no Iraque, a circulação de The Nation dobrou".

No meio da conversa, a jornalista Bibiana Leme lembra que a revista chegou a ter uma dívida de US$ 500 mil. Navasky reiterou e aprofundou, lembrando que quando ele chegou à revista fundada em 1865 ela perdia entre 100 e 150 mil dólares por ano. Mas lembrou: "Ela tem sobrevivido com sua pequena tiragem, enquanto revistas de milhões de exemplares afundaram". Surge então a pergunta: "O que faz a Nation continuar no mundo moderno?" Navasky responde: "Isso se deve ao respeito à autenticidade e à integridade da independência da revista". Ele cita então a primeira frase da primeira página do primeiro número da revista. E foi esta frase que tive por maior exemplo de coragem jornalística da história.

Quando ouvi ele ditar as palavras em inglês eu sorri levemente. Estive pensando em como uma revista poderia ter a coragem de publicar uma coisa destas. Parecia algo sem sentido, mas que trazia uma profundidade muito maior do que se supõe ao ouvi-la de cara. O periódico simplesmente deixou clara sua intenção de interpretar os fatos sem criar falsas impressões ou falso sensacionalismo sobre o que ocorreu na semana.

É preciso deixar claro: a frase que publicarei aqui jamais será reproduzida por outro veículo nas condições em que The Nation a apresentou. Confesso que jamais repetiria este feito e duvido até que um Mino Carta ou Claudio Abramo fosse capaz de deixar que isto se publicasse em um veículo por eles dirigido. Duvido também que meu irmão o faça em seu resumo semanal, agora em seu Blog do Vaneldson.

Que dizer então da grande mídia, esplêndida no desserviço aos leitores, sempre disposta a omitir os fatos, destacar insignificâncias e buscar o grande escândalo a qualquer preço? Ainda que sob a circunstância de se vender a um bicheiro, como fez um conhecido detrito de maré baixa. Não teriam coragem e nem interesse em publicar algo que os comprometeria desta forma. O que lhes interessa, depois de impôr seus interesses ao conjunto da sociedade, é justamente fermentar a tiragem. Quantas vezes não vimos nossas revistas semanais estamparem em suas capas descobertas fúteis, dicas óbvias de comportamento e até resenhas do 50 Tons de Cinza? E as revelações "bombásticas" sobre a maconha, a "revolução" de um aplicativo sobre sexo do Facebook que falhou, as descobertas sobre a antiguidade e blá blá blá? Tudo falso sensacionalismo, tudo falsas impressões, tudo falsos escândalos. Impensável ver uma revista assim reproduzir uma frase como esta.

O jornalismo moderno atesta a independência de The Nation, revista que conheci recentemente e adquiri o hábito de lê-la sempre que posso. Independência que nenhuma outra publicação será capaz de reproduzir, como se mostrará na frase que me marcou.

A frase, primeira manchete da história da revista, é a que segue:

"A semana foi desprovida de acontecimentos significativos".

Moral da história: The Nation te contará de forma limpa tudo que aconteceu na semana. Mesmo que na semana não tenha acontecido nada.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Começar de novo


Uma notícia que me deixou, de certa forma, preocupado com os rumos deste blog me foi dada alguns momentos atrás: UM POUCO DO NOSSO não contará mais com o resumo semanal de meu irmão Lucas, que o transferiu para seu pessoal Blog do Vaneldson. Ele ainda me disse: "Eu postava por sua causa, mas eu vi que você já tinha a BECOOL pra se preocupar". Não tinha nada a ver na minha concepção, mas de certa forma o trabalho da edição 10, que terá um especial dos protestos, consumiu parte do tempo que eu dedicaria aqui. Pensei em vários posts para compartilhar, inclusive sobre os próprios protestos. Nenhum saiu.

Além do mais, como assim "já tenho a BECOOL"? A revista é masculina, o blog é de interesse geral. BECCOL é feita levando-se em conta o que o seu público quer e precisa, é pensada mais comercialmente. UM POUCO DO NOSSO deve satisfações apenas à sua própria consciência, não tem que olhar tanto para a audiência. Na revista, eu tenho que tomar cuidado para não ultrapassar segmento e público. No blog, eu escrevo livremente sem temer retaliações.

No entanto, a ausência de um dos poucos conteúdos regulares que possuíamos é um sinal de que a equipe, principal beneficiária deste veículo, perdeu o interesse em postar. Isso me magoa. Fiz o blog com colaborações de todos, agora nenhum dos colaboradores está interessado no projeto.

A ideia de puxar o plug e desistir me passou pela cabeça, mas aí eu me lembrei da TELEZINE, revista sobre televisão que comecei a fazer e parei com a promessa ainda não cumprida de retomar a sua edição. Não quero que este blog tenha o mesmo destino da TELEZINE, ele precisa esquentar de novo. Por isso mesmo, vou tratar de mudar algumas coisas, a começar pelo visual do blog que ficou mais interessante. O novo layout permite escolher o modo de ver a página inicial e os posts, tendo por padrão o formato magazine. O fundo segue da mesma cor e as fontes continuam as mesmas, mas a nova sobreposição dá mais dinamismo ao blog.

Esta é a primeira de outras mudanças. Há algumas propostas que preciso discutir com os outros colaboradores antes de efetuar. Se o layout não agradar, o processo é reversível. Mas que, por favor, não desistamos nunca de fazer este blog. Porque não há mais ninguém que pode falar por nós cinco.