2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

I forgot my phone




Andei vendo na Internet que o povo está de saco cheio do Facebook. O formato cansou, as curtidas perderam importância, mais e mais pessoas estão se ausentando da rede social. O Facebook se tornou o novo Orkut: abandonado, está para ser substituído por "algo melhor".

E que "algo melhor" seria esse? De relance imaginei que fosse o Twitter, rede social em que passo a maior parte do tempo, representando @becoolmagazine. Foi como uma esperança repentina de que estivesse nas redes sociais certas. Mas a especialista Ana Brambilla se incumbiu de dizer o que de fato está acontecendo: "adoção de ferramentas mais específicas (com um só foco de interesse ou funcionalidade) e direcionamento para mobile". Ou seja, o WhatsApp vai tomar o lugar do Facebook. E eu... não tenho smartphone.

Traduzindo: daqui a algum tempo eu não vou mais fazer parte das redes sociais, não vou mais ter contato virtual com amigos, não vou mais ser lido no que postar em qualquer lugar porque não tenho dinheiro pra comprar um dispositivo 3G Android.

A coisa piora quando me sento ao lado de amigos, todos munidos de algum tipo de smartphone compartilhando coisas que meu velho celular não suporta, passando tempo o suficiente se adicionando uns aos outros em aplicativos que eu não posso usar. Parece até que não faço parte do mundo real, que estou em uma era jurássica em que ainda se usa um pré-histórico PC com um pre-histórico Windows. Sou como um homem das cavernas transportado para um mundo que desconheço e que me excluirá do contato virtual com qualquer pessoa.

Tudo porque eu não contribuí recentemente com a seta no que diz respeito a celulares (recomendo o documentário A História Das Coisas para entender como contribuir para a seta reafirma o status de uma pessoa).

E aí eu lembrei do vídeo I Forgot My Phone, que é esse que está aí em cima. Trata de forma bem humorada de como as pessoas estão se enfiando cada vez mais em um mundo digital do qual não farei mais parte. Não se conversa mais como antigamente, passa-se mais tempo no smartphone (com Android, óbvio) mesmo quando se está na praia ou em uma festa de aniversário. Esquecer o celular é ser... excluído. Como eu serei em breve.

Só quem ganha com isso são algumas corporações que tentam nos convencer diariamente que precisamos das bugigangas que elas inventam, através de obsolescência programada e perceptiva. Fui vítima das duas: meu celular se tornou obsoleto porque não baixa o WhatsApp e o Instagram. E, de quebra, eu me tornei obsoleto por não ter WhatsApp e Instagram. Na Internet, eu só posso ser encontrado no ultrapassado Facebook. Estou velho.


O mundo digital cabe na palma da mão e chega via 3G. E eu não estarei mais nele quando minha banda larga a cabo e meu celular com TV estiverem ultrapassados demais para eu pertencer a esse mundo novo. Pra quem fica eu deixo meu abraço. A gente se vê por aí,.. no mundo real.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Facebook: um alucinógeno viciante


Existe uma coisa no Facebook que me deixa perplexo. É que quando eu fico entediado eu entro nas páginas do Estadão, da Folha, do G1 entre outros, e começo a ver as notícias que eles põem e os comentários dos usuários que vêem as notícias. Eu fico indignado com a
ignorância e a falta de interesse pela busca de informações do povo que comenta.
Há um tempo atrás eu postei um texto aqui, de minha autoria, que buscava incentivar as pessoas a questionar a informação que lhes era passada, era o "Questionar é importante". Mas ultimamente eu vi que as pessoas nem sequer buscam a informação, apenas o título lhes bastava para xingar (e somente xingar, nunca vi alguém elogiando ou defendendo).
Eu falei no texto que usar expressões como “mas”, “e se”, “porque”, “como”, “onde”, “quando”, “quem”, “qual”, “quê” e “será” não era sinal de que você estava confuso, era sinal de que você quer saber mais. Mas ninguém quer saber mais.
Alguns temas como a homofobia, o sistema de cotas, os planos do governo entre outros são temas que as pessoas só dão uma olhada por cima e já vão dando o pitaco delas, sem saber o que aquilo representa de fato ou se o título da matéria realmente condiz com o que está escrito. E se você tenta corrigir a pessoa, perguntando se ela leu a matéria, ela começa a xingar você, como se você fosse o idiota da conversa.
Por que eu chamei o Facebook de alucinógeno? Porque graças a ele, pessoas que têm justamente esta atitude que eu estou descrevendo aqui estão influenciando outras por aí e criando alucinações como a anarquia (qualquer país que fosse uma anarquia seria um caos total), a falsa laicidade do estado (estado laico é diferente de estado ateu), uma briga idiota entre PT e PSDB, várias teorias da conspiração, esse falso ateísmo (chamo de falso porque quando vejo eles falarem, vejo que não passa de uma crença), achar que a tarifa de ônibus seja 100% gratuita, achar que o humor é uma falta de respeito com algo, achar que o racismo é o preconceito predominante no Brasil, achar que a bandidagem é fruto da falta de oportunidade entre outras conversas infundadas e ridículas.
Uso esse post para pedir para que as pessoas que procuram a informação comecem a incentivar as outras pessoas a fazer o mesmo. Antes de opinar nessa droga alucinógena (mencionei apenas o Facebook por ser o mais gritante, mas o YouTube e o Twitter têm suas parcelas) leia a matéria e tire suas conclusões.
Duvida que por causa da foto e do título vão pensar que é um post de humor?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O partidarismo ou o comodismo são fabricas fiéis da decadência brasileira.




Estamos presenciando uma Guerra Civil, na qual, muitos levantam cartazes defendendo seus direitos.

Até que ponto chegamos... Precisamos sim de uma pauta concreta, uma por vez, porque as causas fazem filas. Talvez, por termos tantas e não difundir uma, esteja essa bagunça em meio as manifestações, mesmo assim, já conseguimos deixar políticos com rabinho preso.
Todos os brasileiros souberam com clareza a força que carregam, a partir do momento em que a tarifa, baixou!
Parabéns minha gente, sinto orgulho e o peito cheio de emoções ao ver o Brasil, vivo.
Mas, ultimamente venho me perguntando, por que isso acontece...
Será que todos os políticos são ladrões, ou todos são pessoas que não tem noção de administração?
Será que são preguiçosos e não trabalham porque é muito esforço?
Essas dúvidas vinham me corroendo.
Até que, eu comecei a lembrar que antes tinha e tenho o conceito de que o povo, tem o poder em mãos.
Então, para cada um dos que estão ali, a frente, conseguiram votos, e pessoas votaram.
Não estou procurando culpar ninguém, exatamente, talvez só esclarecer-me os fatos.
Hoje em minha cidade, estou vivendo uma nova chapa eleitoral, dia 07 de julho será a votação.
Eu não sou uma pessoa que levanto bandeira de partido, sou uma pessoa que, pesquiso sobre e voto calada... Não menosprezo ninguém por levantar a bandeira, mas acho que essa tal 'bagunça brasileira' provém de uma má colocação politicaria, vejo hoje, pessoas que com toda força gritam o nome de tal candidato, assim sendo, pergunto-lhe: como anda a ficha dele no TRE?
Elas não sabem responder-me, e as que tem conhecimento sobre certo erro, justificam que ''é melhor tal que rouba e trabalha, do que tal que não rouba e não faz nada.'' Pensamento pequeno, partidário. Me vem um outro pensamento: É Jamile, nem todos tem acesso a tais relatórios... blá blá blá. Não, pera aí, certo... nem todos, e é por isso que existem tantos corruptos imundos e imunes, pois, existem muitas pessoas acomodadas, são sim acomodadas, todos podem ter acesso a informação que quiser, principalmente nos dias de hoje, que a área de comunicação é tão abrangente. 
Só pra constar, um dos candidatos dessa nova chapa eleitoral, tem cerca de 80 processos no Poder Judiciário de Pernambuco. Já teve até mandado de prisão e cassação de direitos políticos por 8 anos(em 2012).
Bem só não venham me perguntar porque ele está novamente, sendo candidato... A minha resposta certamente seria: Eu só sei que a justiça não é justa para todos.
Então nessa dissertação de pensamentos, entendi, a verdade desta decadência em que o Brasil vive, é nada mais, nada menos do que acomodação, preguiça, alienamento, forte índice de necessidades mínimas, que qualquer um compra por um pão, e assim, ganha um voto. Povo brasileiro, vocês não precisam de migalhas, de bolsas tal coisa, ou de bater no peito defendendo um nome, para ganhar um emprego em prefeituras.
Vocês precisam de informações.
E é por a falta delas que estamos nesta ridícula posição social, educacional e trabalhista.
Então me vêm, por fim mais uma grande dúvida: O Brasil, de fato acordou?
Isto eu só irei declarar quando ver pessoas votando com pleno conhecimento sobre o seu candidato escolhido pois, o poder mais forte que cada cidadão tem nas mãos, é o seu voto, e nele sim a consciência faz morada. 

"Não sou contra as manifestações, mas sou a favor daquilo que venha a evitar a necessidade delas."

Pátria amada, Brasil!

Sobre coragem jornalística



Dia desses andei vendo algumas edições do perdido programa Roda Viva. Perdido porque cada vez mais morno e previsível no trato de suas entrevistas. Programa vai, programa vem e eu começo a ver uma entrevista com o jornalista Victor Navasky, que foi durante anos publisher da revista The Nation. Esta entrevista me marcou profundamente, pois foi nela que descobri o maior ato de coragem jornalística da história.

A revista The Nation é basicamente uma revista de opinião política que se define como de esquerda - sem rotular o que é esquerda pois todas as correntes contrárias ao conservadorismo podem falar, de liberais a progressistas, "dos que querem proibir a pornografia aos que querem permitir que se publique o que quiser", como disse Navasky. Esta linha não desperta o interesse do grande público - exceto em casos mais graves: "Brincávamos dizendo que se for ruim para o país é bom para The Nation", brincou explicando-se depois: "Quando Bush levou o país para uma guerra no Iraque, a circulação de The Nation dobrou".

No meio da conversa, a jornalista Bibiana Leme lembra que a revista chegou a ter uma dívida de US$ 500 mil. Navasky reiterou e aprofundou, lembrando que quando ele chegou à revista fundada em 1865 ela perdia entre 100 e 150 mil dólares por ano. Mas lembrou: "Ela tem sobrevivido com sua pequena tiragem, enquanto revistas de milhões de exemplares afundaram". Surge então a pergunta: "O que faz a Nation continuar no mundo moderno?" Navasky responde: "Isso se deve ao respeito à autenticidade e à integridade da independência da revista". Ele cita então a primeira frase da primeira página do primeiro número da revista. E foi esta frase que tive por maior exemplo de coragem jornalística da história.

Quando ouvi ele ditar as palavras em inglês eu sorri levemente. Estive pensando em como uma revista poderia ter a coragem de publicar uma coisa destas. Parecia algo sem sentido, mas que trazia uma profundidade muito maior do que se supõe ao ouvi-la de cara. O periódico simplesmente deixou clara sua intenção de interpretar os fatos sem criar falsas impressões ou falso sensacionalismo sobre o que ocorreu na semana.

É preciso deixar claro: a frase que publicarei aqui jamais será reproduzida por outro veículo nas condições em que The Nation a apresentou. Confesso que jamais repetiria este feito e duvido até que um Mino Carta ou Claudio Abramo fosse capaz de deixar que isto se publicasse em um veículo por eles dirigido. Duvido também que meu irmão o faça em seu resumo semanal, agora em seu Blog do Vaneldson.

Que dizer então da grande mídia, esplêndida no desserviço aos leitores, sempre disposta a omitir os fatos, destacar insignificâncias e buscar o grande escândalo a qualquer preço? Ainda que sob a circunstância de se vender a um bicheiro, como fez um conhecido detrito de maré baixa. Não teriam coragem e nem interesse em publicar algo que os comprometeria desta forma. O que lhes interessa, depois de impôr seus interesses ao conjunto da sociedade, é justamente fermentar a tiragem. Quantas vezes não vimos nossas revistas semanais estamparem em suas capas descobertas fúteis, dicas óbvias de comportamento e até resenhas do 50 Tons de Cinza? E as revelações "bombásticas" sobre a maconha, a "revolução" de um aplicativo sobre sexo do Facebook que falhou, as descobertas sobre a antiguidade e blá blá blá? Tudo falso sensacionalismo, tudo falsas impressões, tudo falsos escândalos. Impensável ver uma revista assim reproduzir uma frase como esta.

O jornalismo moderno atesta a independência de The Nation, revista que conheci recentemente e adquiri o hábito de lê-la sempre que posso. Independência que nenhuma outra publicação será capaz de reproduzir, como se mostrará na frase que me marcou.

A frase, primeira manchete da história da revista, é a que segue:

"A semana foi desprovida de acontecimentos significativos".

Moral da história: The Nation te contará de forma limpa tudo que aconteceu na semana. Mesmo que na semana não tenha acontecido nada.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Começar de novo


Uma notícia que me deixou, de certa forma, preocupado com os rumos deste blog me foi dada alguns momentos atrás: UM POUCO DO NOSSO não contará mais com o resumo semanal de meu irmão Lucas, que o transferiu para seu pessoal Blog do Vaneldson. Ele ainda me disse: "Eu postava por sua causa, mas eu vi que você já tinha a BECOOL pra se preocupar". Não tinha nada a ver na minha concepção, mas de certa forma o trabalho da edição 10, que terá um especial dos protestos, consumiu parte do tempo que eu dedicaria aqui. Pensei em vários posts para compartilhar, inclusive sobre os próprios protestos. Nenhum saiu.

Além do mais, como assim "já tenho a BECOOL"? A revista é masculina, o blog é de interesse geral. BECCOL é feita levando-se em conta o que o seu público quer e precisa, é pensada mais comercialmente. UM POUCO DO NOSSO deve satisfações apenas à sua própria consciência, não tem que olhar tanto para a audiência. Na revista, eu tenho que tomar cuidado para não ultrapassar segmento e público. No blog, eu escrevo livremente sem temer retaliações.

No entanto, a ausência de um dos poucos conteúdos regulares que possuíamos é um sinal de que a equipe, principal beneficiária deste veículo, perdeu o interesse em postar. Isso me magoa. Fiz o blog com colaborações de todos, agora nenhum dos colaboradores está interessado no projeto.

A ideia de puxar o plug e desistir me passou pela cabeça, mas aí eu me lembrei da TELEZINE, revista sobre televisão que comecei a fazer e parei com a promessa ainda não cumprida de retomar a sua edição. Não quero que este blog tenha o mesmo destino da TELEZINE, ele precisa esquentar de novo. Por isso mesmo, vou tratar de mudar algumas coisas, a começar pelo visual do blog que ficou mais interessante. O novo layout permite escolher o modo de ver a página inicial e os posts, tendo por padrão o formato magazine. O fundo segue da mesma cor e as fontes continuam as mesmas, mas a nova sobreposição dá mais dinamismo ao blog.

Esta é a primeira de outras mudanças. Há algumas propostas que preciso discutir com os outros colaboradores antes de efetuar. Se o layout não agradar, o processo é reversível. Mas que, por favor, não desistamos nunca de fazer este blog. Porque não há mais ninguém que pode falar por nós cinco.

domingo, 30 de junho de 2013

A Fazenda começou, mas eu estou de olho é no ministério dela.


A Fazenda começou! Que se dane! Não sei quem são os participantes e não quero saber. Mas tem um reality show passando em alguns canais como TV Senado e TV Câmara que estão ficando interessantes. Sem falar que a Dilma quer fazer um reality show com participação do povo. “O Ministério da Fazenda”. O povo vai votar qual é o sistema político vencedor.

Essa e outras notícias que eu considerei importantes (porque aqui é a minha opinião que vale) você acompanha abaixo.


Dilma quer usar a estratégia dos realities shows para governar.


Quem acompanhou as notícias sobre política essa semana viu que a presidente Dilma Rousseff está querendo usar plebiscitos para fazer a reforma política tão pedida pelo personagem do livro “V de Vingança” (o único jeito de o Brasil se mexer é se um gringo pede).
A proposta foi feita nesta segunda-feira, dia 24, durante uma reunião da presidente Dilma com os 27 governadores e 26 prefeitos de capitais brasileiras. Dilma propôs o plebiscito porque quer uma participação popular no debate da reforma política.
Para quem não sabe, plebiscito é uma convocação dos eleitores para aprovar ou rejeitar questões relevantes antes de existir a lei ou o ato administrativo. Lembra da campanha do desarmamento em 2005? Então, aquilo não era um plebiscito, era um referendo. Porque a comercialização de armas de fogo no Brasil já era autorizada.
É o governo plantando verde para colher maduro. Ele está querendo dizer: “Querem uma reforma política? Me mostra então se vocês sabem o que é e como se faz”. É jogando na mão do povo, porque se sair merda, o povo não vai poder usar a expressão “a culpa é do governo” como desculpa.
Esse reality show eu vou acompanhar.

Financial Times, cuida do teu país que eu cuido do meu, beleza?


Nesta terça-feira, dia 25, o jornal inglês Financial Times quis mostrar pros brasileiros que a Inglaterra entende muito mais de política e alfinetou os pactos que a Dilma propôs com os prefeitos e governadores. Além de alfinetar, ainda opinou sugerindo cinco pactos que o Brasil deveria fazer.
Só tem um problema, o “Financial Times” é um jornal INGLÊS (ou seja, da INGLATERRA). E quem acompanha as noticias sobre a economia e a política internacional vê muito bem que a Inglaterra não está em plenas condições de alfinetar manobras políticas de outros países.
Então, se vocês me permitem, eu vou alfinetar as alfinetadas do jornal britânico (esse tópico será um pouco mais longo).
Sobre manter a responsabilidade fiscal, o jornal disse: “Isso já está deteriorado e é difícil entender como os governos vão manter a linha agora, com maior pressão por melhores serviços”. Os ingleses que me desculpem, mas responsabilidade fiscal não é a especialidade deles, pois no mês de abril, no meio da crise que atingia a Inglaterra, a rainha Elizabeth 2ª ganhou um aumento de 16,4% (em porcentagem parece pouco, mas em números chega a 5 milhões de libras) para cobrir os gastos da família real.
Sobre o plebiscito sobre uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política, o jornal disse: “Desnecessário. O Congresso poderia fazer a reforma política se realmente quisesse. A medida pode se perder no sistema político labiríntico do Brasil.” Sistema político “labiríntico”? Disse isso um jornal de um país que não possui uma constituição escrita. É isso aí, a constituição na Inglaterra não é documentada, ela simplesmente está lá. Se isso não forma um labirinto na política, o que forma?
Sobre classificar a corrupção como crime hediondo, o jornal disse: “É um começo, mas fará pouca diferença sem um bom sistema de funcionamento. No Brasil não faltam boas leis, é apenas uma questão de cumpri-las.” Muitas pessoas aqui no Brasil não lembram, mas em 2007 houve um escândalo de vendas de cargos na Inglaterra envolvendo o gabinete de Tony Blair, que na época era o primeiro ministro. E se você acha que o cumprimento das leis britânicas foram o que fizeram Tony Blair sair do poder, está totalmente enganado. Tony Blair renunciou alguns meses depois, em maio de 2007. E o que é pior, ainda pode ser eleito deputado até hoje!
Sobre acelerar investimentos em hospitais e clínicas e importar médicos estrangeiros, o jornal disse: “Num governo, não é isso o que chamamos de ‘apenas fazendo seu trabalho’? Ainda assim, melhor do que nada.” Não acho que um país cujo governo determina que os gastos da família real são relevantes para os aumentos dos impostos saiba o que é fazer o seu trabalho.
E sobre investir R$ 50 bilhões em transporte público, o jornal disse: “Não temos já estabelecida no Brasil a questão de que não é a quantidade de dinheiro que importa para resolver um problema, mas, sim, o modo?” Meus amigos ingleses, nós erramos privatizando o setor do transporte público e vocês erraram investindo no setor imobiliário. Todo mundo erra, tá vendo?
Depois de eu escrever esse texto, eu percebi que a Inglaterra e o Brasil não são muito diferentes quando se fala em cagadas políticas. Vai ver foi por isso que o Financial Times se sentiu no direito de escrever.

Alexandre Frota assina atestado de morte.



Chega de falar de política, vamos falar de provocações ao Marco Feliciano.
Nesta quinta-feira, dia 27, o sei-lá-o-quê Alexandre Frota participou do programa Morning Show da RedeTV (prestígio, estamos aí) e fez revelações bombásticas sobre uma suposta relação dele com o pastor, deputado e metrossexual nas horas vagas Marco Feliciano.
Alexandre Frota disse: “Eu o conheço bem, ele foi meu namorado. Teve um relacionamento de dois anos comigo e eu fico surpreso com as coisas que ele fala, porque não era isso que ele falava quando estava comigo na cama”.
Após essa revelação, ele mandou um recado para Feliciano: “Amor, estou estranhando essa sua posição. Eu te chamava de ‘Dundun’. Por tudo que nós vivemos, por tudo que você me falou ao pé do ouvido, eu esperava mais de você. Quando puder me liga, tá bom?”.
Eu sempre desconfiei. Aquele jeito dele se sentar, aquela chapinha toda penteada pra trás, as vezes que ele desafina falando seus discursos. Marco Feliciano, seu danadinho!
E por que o título deste tópico é “Alexandre Frota assina atestado de morte”? Porque segundo Feliciano, todo mundo que se mete contra a religião dele, o deus dele (que não é o mesmo que o meu, porque o meu é amoroso e perdoador) mata. Segundo ele, foi por isso que o John Lennon e os Mamonas Assassinas morreram. Então Alexandre Frota, cuidado.

Mas seu guarda, eu só comi um hambúrguer!




Nesta quarta-feira, dia 19, a rede de lanchonetes chiques General Prime Burger (que segundo eles, possuem várias unidades por São Paulo, mas eu nunca vi uma) lançaram um novo sanduíche no cardápio: o Jack Melted Cheddar. O lanche tem esse nome porque o queijo cheddar que vai nele é preparado com o uísque Jack Daniel’s.
E você sabe qual é o preço desse lanche? R$ 28,50! Isso porque é preparado com o Jack Daniel’s, imagina se fosse com o Red Label.
Então, se você é mulher de um pinguço e qualquer dia ele chegar em casa chapado falando que estava na lanchonete comendo hambúrguer, só acredite se ele for muito fraco pra bebidas. Porque pra um cara ficar cachaçado com uma fatia de queijo preparado com uísque...
Eu imagino um cara entrando lá, pedindo o Jack Melted Cheddar e falando “capricha no queijo!”.

Valcke diz que a FIFA é tão transparente, mas tão transparente, que chega a ser invisível.



Nesta segunda-feira, dia 24, o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke provou em uma entrevista que não entende bulhufas sobre administração de empresas.
Quando Valcke se referiu à FIFA, ele disse: “Somos uma entidade não lucrativa”. HUAHAUAHUAHUAHAUAHUAHAUHAUAHUAHUAHAUHAUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUAHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUAHAUHAUHA!  Boa Jerome!
Valcke também disse: “Não estamos ganhando dinheiro para circular em grandes Mercedes”. É lógico que não, quem acha que Mercedes-Benz é carro de rico são os brasileiros. Eles andam em Ferrari, Aston Martin, BMW, Lotus, Vector entre outros.
E depois completou: “Somos uma das organizações esportivas mais transparentes do mundo”. É como eu disse no título, tão transparente que chega a ser invisível. Quero dizer, invisível, vírgula, não é? Só não vê as maracutaias deles quem não quer.

O Google vai lançar um video game!


Nesta sexta-feira, dia 28, o The Wall Street Journal  Publicou que o Google está trabalhando com o sistema Android para lançar um console que promete concorrer com o Xbox 360, o Nintendo Wii, o PlayStation 3 e o Ouya (console que não é vendido no Brasil).
Uma das grandes vantagens de ter um console do Google é que você não precisa de Game Shark, ele vai falando as senhas durante o decorrer do jogo. Se você estiver jogando PES ou FIFA e tocar para um jogador que vai perder a bola, a mensagem “você quis tocar para...” vai aparecer imediatamente na sua tela.
A única coisa chata seria se existisse um link que mandasse o jogo para o Orkut.


Teve muita coisa essa semana, eu poderia falar mais e mais, mas só o rascunho no arquivo doc deu 4 folhas, então é melhor eu parar por aqui. Se tem alguma coisa que você quer falar é só postar nos comentários.
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Até semana que vem.

domingo, 23 de junho de 2013

“Cura gay” é aprovada, aí ativistas gays pedem aposentadoria por invalidez. Desde então eu estou me sentindo meio estranho.


E aí pessoal! Tudo beleza? Sabe aqueles dias que você acorda meio estranho, meio alegre, como se em todos os lugares que você vai estivesse tocando a música “Dancing Queen” do Abba? To começando a ficar preocupado, acho melhor eu ir ver um médico. Ou melhor, uma médica. Sabe como é, né? É melhor prevenir do que remediar.
Enquanto isso, você fica aí com o resumo da semana. Já volto. 


É ou não é uma cura? Decidam-se!


Nesta terça-feira, dia 18, foi aprovada apenas na Comissão de Direitos Humanos da Câmara (sublinhei para mostrar que a lei ainda não está em vigor) a proposta carinhosamente apelidada de “Cura Gay”, que suspende o trecho da resolução do Conselho Federal de Psicologia de 1999, que proibia os psicólogos de oferecer ou colaborar com eventos que ofereciam tratamento ou cura para a homossexualidade. Porém, o projeto passara ainda por mais duas comissões antes de ir pro plenário. Ou seja, ainda não está em vigor.

Mas atenção, minha gente! O autor do projeto não é Marco Feliciano. O autor é o deputado João Campos – PSDB-GO (veja a foto dele abaixo para as próximas eleições). O Marco tá só pegando uma carona na ideia.
Esse é o deputado João Campos. Não se esqueça desse rostinho nas próximas eleições, hein?
Mas a maior discussão essa semana na mídia e nas redes sociais é se isso é ou não é uma cura.  A resolução do CFP que foi derrubada diz o seguinte:

Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Agora, como diria o Telecurso 2000, vamos pensar um pouco. “Patologização” vem da palavra “patologia”, que, segundo o dicionário, é a “ciência das causas e dos sintomas das doenças”. Portanto, o artigo citado impede que a psicologia estude as “causas” e os “sintomas” da homossexualidade. Raciocinar é legal, não?
Esses são os documentos necessários para pedir
a aposentadoria por homossexualidade
E como estão tratando a homossexualidade como uma doença, já tem ativista gay na fila do INSS. Na quarta-feira, dia 19, o diretor-executivo do grupo Dignidade, Toni Reis, encaminhou um pedido de “aposentadoria compulsória retroativa por homossexualismo”. Segundo ele, o pedido de aposentadoria foi uma forma “risível” (risível: característica daquilo que ocasiona riso; que causa riso; cômico. Pra que falar assim?) de protestar.
Se a proposta for aprovada (que eu acho muito difícil) o que vai ter de vagabundo virando gay não tá escrito.





Amigos, eu errei... Mas foi por pouco.


Nesta segunda-feira, dia 17, o comentarista macabro do Jornal da Globo, Arnaldo Jabor, pediu desculpas pelas declarações contra as manifestações na terça-feira, dia 11/06 (tanto o vídeo dos xingamentos, quanto o das desculpas seguem abaixo).



No primeiro vídeo, Arnaldo Jabor diz que os participantes das manifestações são anarquistas de classe média, que não precisam dos R$ 0,20. Chegou a compará-los com o PCC. Disse que os mais pobres nas manifestações eram os policiais que eram “apedrejados, ameaçados com coquetéis molotov e ganham muito mal”. Disse que a causa era a “ausência de causas”, que “ninguém sabe mais porque lutar em um país paralisado por uma disputa eleitoral para daqui a um ano e meio”.

No segundo vídeo, Arnaldo Jabor disse que por causa da violência da polícia na quinta-feira, dia 13/06, “o Movimento Passe Livre expressava uma inquietação que tardara muito no país, pois desde 92 faltava o retorno de algo como os Caras Pintadas, os jovens que derrubaram um presidente”. E que acha o Movimento Passe Livre é melhor do que os Caras Pintadas “justamente por não ter um rumo, um objetivo certo” (motivo pelo qual ele meteu o pau no primeiro vídeo). Disse que “na mídia só aparecem narrativas de fracassos, de impunidade, de derrotas diante do mal”.

Mas, o que pode ter feito Arnaldo Jabor mudar de ideia tão fácil? Seria apenas a violência da polícia contra os manifestantes, ou a violência registrada também contra alguns jornalistas que estavam lá? Seria um pedido da Globo para abaixar um pouco a bola, pois o posicionamento da Globo contrário às manifestações estava fazendo ela perder muita popularidade? Falei que nem o Jabor agora, fala a verdade.


Pesquisador descobre nova dieta antibiótica.


Essa notícia foi do mês de abril, mas eu achei muito importante compartilhá-la com você, leitor.

Scott Napper, professor da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, publicou uma pesquisa que diz que comer caca de nariz poderia trazer benefícios à saúde. Segundo Napper, a exposição do corpo aos germes contidos no muco ajuda a imunidade, “ela pode servir como uma vacina natural”. Ele também pediu para que as crianças não sejam repreendidas por comer o alimento milagroso.

Após ficar sabendo desse estudo, o japonês do Cogumelo do Sol (que eu ainda não sei o nome dele, se alguém souber, poste nos comentários) está planejando um novo lançamento: a Caca do Sol. Previne até dengue! 

Afif quer fazer o trabalho de dois homens.


Nesta segunda-feira, dia 17, a Comissão de Ética Pública da República abriu uma investigação para saber porque Guilherme Afif Domingos (PSD) é, ao mesmo tempo, ministro da Secretaria  Especial da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo.

No dia 11/06, o deputado Cauê Macris (PSDB) apresentou à Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo (eita nome grande da...) um pedido de cassação do mandato de Afif justamente pela mesma causa.

Pois é, Afif! Sabe aquele ditado que diz “quem tudo quer, nada tem”? Pois então, provavelmente não se aplicará nesse caso, pois político punido no Brasil é tão raro quanto a audiência do programa Mega Senha da Rede TV. Até agora só vi dois, o Fernando Collor e o Celso Pitta.

Mas e aquele ditado que diz “não se pode agradar a gregos e troianos”? O Afif é um dos ministros do governo Dilma, do PT, e ao mesmo tempo é vice-governador de São Paulo, do PSDB. Pois é, Afif! Aprender a falar não é bom de vez em quando. Mas vamos fingir que é por uma boa causa, que ele está querendo unir o Brasil, beleza?

Candidato gatinho


Não, não é o vírus que a bancada evangélica tanto prega me afetando. O candidato à prefeitura de Xalapa, cidade do interior do México, é de fato um gato.

Morris é o nome do bichano. Seu slogan é: “Cansado de votar em ratos? Vote em um gato”.

Morris foi lançado para as eleições no dia 7 de julho. Segundo sua campanha, “diante da quantidade de ratos que postulam este posto, só um gato para pôr ordem”.

Aqui no Brasil, se quisessem fazer algo parecido, deveriam lançar como candidato um boneco feito de pacotes de sal. Pois só assim para eliminar as sanguessugas que vivem no Congresso Nacional.




Voltei. A minha médica me receitou um dia de repouso assistindo vídeos do RedTube e ouvindo a música “Eu Gosto É de Mulher” do Ultraje a Rigor (tá certo que o autor da música é são paulino, mas...). Pelo menos eu ganhei um atestado.

Se você queria ver outra matéria dessa semana aqui, posta aí nos comentários, beleza? Até semana que vem!

sábado, 15 de junho de 2013

Na semana do Dia dos Namorados, a Polícia dá um presente aos paulistanos no estilo Cinquenta tons de cinza.


E aí, como foi sua semana. Vou te dizer, essa semana foi difícil achar coisas para falar porque a mídia só se atentou a um acontecimento. Mas até que deu pra tirar uma coisinha ou outra por aí. Dá só uma olhada.


Porte ilegal de vinagre.



Nesta semana aconteceram protestos em muitos cantos do Brasil contra o aumento da passagem do ônibus. E a mídia, obviamente, só ficou falando disso. Porém, os fatos que chamaram mais a atenção, não só no Brasil, mas no mundo todo, aconteceram na cidade de São Paulo.
No primeiro deles, o repórter Piero Locatelli, da revista Carta Capital, foi detido por policiais por porte de um recipiente com vinagre. Pra quem não sabe, o vinagre ajuda a diminuir o ardor provocado pelo spray de pimenta nos olhos e na garganta. A polícia usou o argumento de que o produto pode ser usado para fabricar bombas.
Após esse incidente, o Governo do Estado de São Paulo estuda criar o porte de vinagre. Um documento com validade de 5 anos que autoriza o cidadão a portar vinagre pelas ruas de São Paulo. O vinagrete é liberado.
Em outro incidente, o fotógrafo Filipe Araujo, do jornal O Estado de S. Paulo, foi atropelado por uma viatura da Polícia Militar. Segundo o fotógrafo, “O motorista de outra viatura que estava em outra faixa da rua me viu e virou o carro na minha direção. Ele viu que eu era fotógrafo, mas veio criminosamente para cima de mim. Eu virei de costas, tentei ir para a calçada, mas fui pego. Estava com um capacete de skate, mas machuquei a cabeça. Machuquei as costas, pernas, cotovelo, me ralei todo”.
Segundo a Polícia Militar, o policial que jogou a viatura contra o fotógrafo é viciado no jogo Grand Thefth Auto (GTA), da EA Games, e possui transtornos de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) quando entra na viatura. Quando questionados se isso não era um impeditivo para ele exercer a função de policial, eles responderam que esse era o preparo dos soldados na academia.

Joelma desfaz a Banda Calypso para cantar música gospel. E tem gente que ainda não acredita em Deus.


Pelo menos uma notícia boa aconteceu essa semana: a Banda Calypso vai acabar! Tá certo que segundo a cabra loira do Pará, Joelma, isso ocorrerá só em 2015, mas vale a pena esperar.
Joelma vai seguir exemplos de outros “artistas” como Mara Maravilha, Carla Perez e Xandy e ira ingressar na carreira gospel. É Deus nos livrando de mais um mal.
Algumas pessoas dizem que Joelma vai fazer isso a convite do Deputado Federal e pastor, Marco Feliciano, pois ambos têm muitas opiniões em comum quando o assunto é retirar os homossexuais da face da terra. Marco Feliciano e Joelma montariam a “Banda Apocalypso” e Marco Feliciano ficaria na guitarra no lugar de Chimbinha. Quando perguntada sobre o fato de Chimbinha não participar, ela respondeu que Marco Feliciano não aceitaria a entrada dele na banda pois aquela mecha loira no cabelo dele o deixa com cara de “viadinho”.

Estudante paga metade, metade de duas entradas.


O pesquisador Carlos Martinelli, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), apresentou um estudo que aponta que não existe o benefício da meia entrada no Brasil. Isso acontece porque os “beneficiários” costumam ser, em média, entre 70% e 80% do público total, fazendo com que a administradora do evento praticamente dobre o valor da entrada inteira.
Após a apresentação desse estudo, o Congresso Nacional estuda um projeto que limita a meia entrada para 40% do público total (essa não foi a piada).
Na verdade, a lei federal determina que apenas idosos e estudantes filiados à UMES tenham direito a esse beneficio, mas, entre uma eleição e outra, sempre aparece um prefeito ou governador preocupado com o acesso à cultura do cidadão e amplia esse direito para crianças, gestantes, deficientes, professores, pessoas com renda inferior a x salários mínimos (até aí, beleza), pessoas atendidas pelo Bolsa Família, servidores públicos, pessoas que pagam em dia o Carnê do Baú, funcionários da Rede TV e assim vai.
Em sua defesa, um representante de uma produtora de eventos da cidade do Rio de Janeiro disse que a prática usada pelas empresas, que também é usada pelos cambistas e camelôs, é totalmente aprovada pelos brasileiros. Portanto, ele não vê razão para tanta calamidade.
Agora, um aviso a você, leitor: cuidado quando for mostrar este tópico para um amigo de extrema esquerda ou extrema direita. Pois se um capitalista vir o parágrafo acima, ele vai apontar o dedo para você te chamando de comunista. Se um socialista vir o parágrafo anterior ao de cima, vai apontar o dedo pra você te chamando de capitalista.

Mark Zuckerberg dá uma de João Kleber e anuncia um mistério.


Nessa semana, jornalistas e blogueiros norte-americanos foram surpreendidos em suas casas com um convite impresso do Facebook dizendo que “uma pequena equipe vem trabalhando em grandes ideias”. O convite anuncia um evento para a mídia especializada na próxima quinta-feira, dia 20.
As pessoas que receberam o convite ficaram com uma grande dúvida: Se o Facebook faz parte da mídia digital, por que mandaram um convite impresso no lugar de um e-mail? Alguns dizem que é porque o produto a ser anunciado é um serviço que envolve uma tecnologia que os jovens de hoje em dia nunca pensariam em usar. Segundo rumores, o serviço seria o envio de fotos e textos aos amigos por meio de mídia impressa, via correio.

Com certeza, isso é algo revolucionário. Usar a mídia impressa para enviar a seus amigos coisas que você poderia postar no Facebook, e pagar por isso, é algo que nenhuma outra rede social ousaria fazer. Porém, isso são apenas rumores.

Acho que falei demais, tenho que ir. Se você gostou ou se acha que esqueci de falar algo, pode colocar nos comentários. Se não gostou, dane-se!
Dá uma curtida na nossa página do Facebook :https://www.facebook.com/pages/Um-Pouco-do-Nosso/353285201444375?fref=ts



Até semana que vem!

sábado, 8 de junho de 2013

O desgosto de Robert Civita




A terceira geração da família Civita assumiu de vez o controle do Grupo Abril nesta semana. E, se confirmada a notícia do Estadão, metade da empresa vai ser destruída e uma enorme parcela de jornalistas vai voltar a mendigar emprego num país onde o mesmo escasseia - isto é, o emprego na área de jornalismo.

Não se trata de um movimento isolado. Faz muito tempo que a Abril vem se retirando aos poucos da área editorial - e por extensão da área de comunicações - para sobreviver no "mercado da educação" que lhe garantiria excelentes contratos com governos e permitiria caríssimas mensalidades escolares entrando mensalmente nas contas da empresa. No segundo semestre de 2011, a Abril contratou ninguém menos do que Fábio Barbosa - o homem do "juntos" do Santander - para chefiar uma possível retomada da empresa. Até agora não se viu nenhuma novidade editorial. Pelo visto, o leque de revistas tende apenas a diminuir.

No entanto, o que está para ocorrer é uma negação da própria existência da Abril. A missão da Abril, disponível no site do grupo, diz que seu objetivo básico é "continuar a desenvolver a maior empresa editorial
brasileira, mantendo-a lucrativa, inovativa, integrada e diversificada". Nada disso se fez, busca-se apenas enxugar o negócio, tido como um fardo, para entrar de cabeça na privatização da educação.

É curioso que isso se faça algumas semanas após a morte de Robert (sim, Robert, que é como ele se fazia chamar dentro da empresa) Civita. Robert foi o mais apaixonado dos barões da mídia brasileiros. Falo, evidentemente, dos herdeiros de impérios. Não por acaso foi ele o idealizador de três revistas importantíssimas para a imagem da Abril. “Quero fazer uma revista de informação semanal, como a Time, uma revista de negócios como a Fortune e uma revista como a Playboy”. Isso talvez explique o que se deu com Veja. Obcecado com a revista que ajudou a fazer, Robert não deixou os editores e redatores em paz. Tornou a Veja uma revista ideológica - e depois um detrito sólido de maré baixa. Editores mais sérios teria baixado o tom da revista, mas Robert não os deixava.

Por fim, a Editora Abril, sua mais formidável herança, entrou na rota definitiva do desaparecimento. Do leque de revistas sobram, no máximo, Veja e Exame. Playboy, outra revista por ele idealizada, está marcada pra falir nos próximos meses.

Um fim melancólico de uma empresa falida há muito tempo.

***

A seguir, considerações feitas por Paulo Henrique Amorim por ocasião da compra do Anglo pela família Civita.

Saiu no Valor:

A família Civita (e não a Editora Abril) comprou a Anglo, que produz apostilas e ensina a fazer concurso público.

Por que foi a família Civita e não a Abril ?

Essa é uma pergunta muito complexa.

Decidi recorrer ao David Ogilvy, um mestre da publicidade.

(Clique aqui para ler “A Globo pode calar a boca do Galvão antes de 2014”)

- Por que foi a família Civita e não a Abril, perguntei, assim de lata.

- Porque a família está caindo fora do negócio de revistas – respondeu David, na lata.

- A família Civita vai sair do negócio de revistas ?, perguntei incrédulo. O que diria disso o Victor Civita ?

- Primeiro, que não se controla a descendência, meu filho – filosofou o David.

- Sim, vamos sair da genética e voltar ao PiG (*). Quer dizer, então, que a família Civita vai sair do ramo de revistas ?

- Claro. O negócio murcha.

- Não sobra ninguém ?

- Sim, sobram as revistas de nicho. Ou de grife, como a Economist e a Carta Capital. O resto … dança.

- E a Veja não é uma grife ?

- Como diz você, o Roberto deixou que transformassem a Veja em detrito de maré baixa.

- Roberto ou Robert ?

- Como você preferir.

- Então ele vai fechar a Veja ?

- Não. A Veja vai ser um canhão. Vai ser usada politicamente.

- E por que a Anglo ?

- A Anglo na verdade é um franchising. Ela licencia sistema de aprendizado sob a forma de apostilas e serviços para quem quer fazer concurso público.

- Ela vende ao Governo ?

- Vende a todo mundo, inclusive a governos municipais e estaduais.

- Mas, esse negócio de vender material impresso não é uma gelada ?

- Claro !

- Daqui a pouco vem a banda larga e que estudante vai ler material impresso?

- Meu caro, o Roberto foi para a tevê a cabo e para a internet. Vendeu a TVA e o Luizinho Frias engoliu ele no UOL. O Roberto não acertou uma tecnologia, fora da que o Seu Victor deixou: fazer revistas.

- E quais são os planos da família Civita para a Anglo ?

- Daqui a pouco eles fazem um IPO. Os sócios antigos caem fora e eles botam dinheiro para dentro.

- E quem vai fazer isso tudo ? O Robert – quer dizer, o Roberto ?

- Não, ele chamou o Manoel Amorim, que era do Ponto Frio.

- Ele não foi da Telefônica, também ?

- Sim, você tem boa memória, rapaz.

- E não foi ele quem levou a Telefônica a comprar a TVA da Abril e  dar oxigênio à Abril ?

- Uma mão lava a outra, não é isso ? – sorriu o David, enigmaticamente.

Pano rápido.

Se a tarifa não baixar, São Paulo vai parar. Mas tem que parar só na volta pra casa?


E aí pessoas! Saudades? Eu parei de postar aqui porque eu tava meio ocupado fazendo uma coisa supérflua pra quem vive na internet, ou seja, eu estava trabalhando.
E o que vocês acharam dessa semana? Essa semana pra mim foi um porre. Mas, chega de falar de mim, vamos ver o que aconteceu essa semana.

Se Haddad fosse Fred Flintstone, ele diria DILMAAAAAA!


O Haddad parece que tá encenando uma novela da Globo
nessa foto, não parece?
Nessa sexta-feira, em São Paulo, ocorreu um protesto do Movimento Passe Livre intitulado “Se a tarifa não baixar, São Paulo vai parar”. O protesto aconteceu na Avenida Paulista, no horário da volta pra casa do paulistano e houve quebradeira e confrontos com a polícia. Foram quebradas quatro estações do Metrô e mais algumas bancas de jornal que estavam pelo caminho.
Muitas pessoas acharam o protesto exagerado, falam que não precisava dessa violência, que podia ser apenas uma roda de leitura no Ibirapuera etc. Eu também acho que o protesto foi errado, eles deviam fazer isso no horário de ida pro serviço e no meu caminho de ida (hehehe).
Mas parece que o protesto fez Haddad pensar. Depois de refletir e ver que a frase “a culpa é da administração anterior”, tão falada pelo prefeito nesse primeiro ano de mandato, não caberia nessa situação, ele já pediu socorro à Dilma.
Numa entrevista concedida para o Estadão, Haddad disse que para que a tarifa seja reduzida, a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) deverá ser transformada em contribuição municipal. Pra que não sabe, a CIDE é uma contribuição federal cobrada sobre o combustível. É isso aí, paulistanos! A tarifa do ônibus baixa, mas o combustível...
Segundo Haddad, essa medida poderia até fazer com que pessoas que vão de carro para o trabalho comecem a pegar ônibus. Essa piada eu deixo para vocês fazerem.
E quando perguntado sobre algumas cidades que abaixaram o preço da tarifa do ônibus, ele disse que em São Paulo foi feito muito mais, alegando que o aumento foi abaixo da inflação. Então agora eu entendi porque meu dissídio será abaixo da inflação.

Cidade espanhola mostra como se obriga uma pessoa a recolher o cocô do cachorro


Uma cidade espanhola chamada Brunete tomou uma medida drástica contra pessoas que não recolhem o cocô do cachorro nas ruas.
Foram convocados 30 voluntários que ficam vigiando as ruas anonimamente com câmeras de vídeo as pessoas que passeiam com seus cachorros. Quando uma pessoa deixa de recolher o cocô do cachorro, eles se aproximam da pessoa com uma conversa do tipo “nossa, que cachorro bonito” e perguntam o nome do cachorro (to começando a achar legal).
A Prefeitura de Brunete possui todos os cachorros da cidade cadastrados com o nome. E quando o voluntário consegue o nome do animal, ele entra no cadastro da cidade e pega o endereço do dono (engenhoso até aqui).
Algum tempo depois, um mensageiro da prefeitura vai à casa do infrator e devolve a cagada feita pelo cachorro e um aviso dizendo que da próxima vez ele receberá uma multa que pode ir de 30 a 300 euros. Maquiavélico, não?
Mas, depois de ver todo esse plano, eu fiquei com uma dúvida. Qual é o critério usado pela prefeitura para definir o valor da multa? O tamanho da cagada, a dificuldade da limpeza (por exemplo, se o cachorro estiver com o cocô meio mole) ou o grau do fedor que ficaria na mochila do mensageiro quando ele fosse devolver?

Bacalhau à holandesa


Nessa sexta-feira uma holandesa foi presa no Aeroporto de Cumbica tentando embarcar para Portugal com peças de bacalhau recheadas com 1,5kg de cocaína. Quando ela passava pela fiscalização, os agentes desconfiaram e chamaram a Polícia Federal. A mulher iria de Lisboa direto para a Holanda. Agora ela pode pegar até 15 anos de prisão.
Coitada, ela só estava levando pra casa uma receita de bacalhau à holandesa. Tá certo que o recheio tá errado, não é cocaína, é maconha. Eu nunca comi, mas conheço muita gente que come isso que nem bolacha recheada: abre a bolacha só pra comer o recheio.

Grupo Abril acha que falência é sinônimo de reestruturação


A Abril S.A. anunciou nessa sexta-feira que vai passar por uma “reestruturação” com o objetivo de aumentar o “equilíbrio entre produção de conteúdo impresso e digital”.
E essa tal reestruturação começou com o pé direito. No mesmo dia, seis executivos deixaram a empresa e 70 funcionários foram mandados embora.
Sem falar em rumores internos que dizem que a Playboy não será mais impressa no Brasil. Se eu não tivesse internet, eu ficaria muito chateado agora. Mas, nem tudo é notícia ruim, os mesmos rumores dizem que as revistas Contigo e Capricho também não serão mais publicadas.
Agora, se eles quiserem acabar com toda a sacanagem, deverão parar de publicar a Veja, concordam?

E aí, gostaram? Se tem alguma coisa que eu podia ter falado, mas me esqueci, podem colocar nos comentários.

Semana que vem eu to de volta, se o trabalho deixar.

Brasil e o Coliseu - Copa




No dia 30 de outubro de 2007 a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014, a princípio é interessante analisar que um evento de tamanha magnitude trará tantos benefícios para o país sede, como uma melhor infraestrutura, aeroportos, qualidade dos hotéis, rodovias, transporte público, enfim uma receita muito grande graças ao turismo proporcionado pela Copa, mas eis que vivemos em uma verdadeira anarquia e em um dos países mais corruptos do mundo...

            R$ 33 bilhões é o gasto aproximado da Copa, dinheiro mais do que suficiente para amenizar alguns dos problemas que está nação sofre, dinheiro para aprimorar as necessidades básicas que tanto precisamos: educação, saúde, segurança, transporte público, resumindo o Brasil não poderia ser o país da Copa pois não tem estrutura –nem capacidade notado o grau de corrupção que há- para este evento. São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina dentre outros estados sofrem diariamente com a falta de segurança e fraqueza do Estado, a tão poderosa 6ª economia do mundo está no mar a deriva, estagnada sem saber se vai ou fica e enquanto isso a massa que impulsiona este tão belo Brasil padece.


            Então o porque da Copa? Simples, assim como a Roma Antiga usou o famoso Coliseu para lutas de gladiadores e execuções como entretenimento para a população esquecer a vida sofrida que tinham, os governantes do Brasil fazem o mesmo. Um país que produz basicamente tudo como por exemplo o feijão que está a um preço exorbitante mostra como o Governo carece de um punho forte. O slogan de “O País do Futuro” está longe disso e a Copa veio para apaziguar a tormenta que nos assola, nos entretendo e fazendo-nos ainda que por determinado tempo esquecer os problemas, muitos por sinal. Pelo menos o Coliseu virou um ponto turístico e que arrecada elevada quantia anual, e os estádios no meio do nada? Provavelmente arrecadaram ferrugem e vergonha pelo dinheiro mal gasto. Digo que vivemos em uma anarquia afinal a polícia nada pode fazer quanto à segurança, pois não há leis para serem usadas a favor da população. O transporte público é horrível e o preço da passagem é altíssimo fazendo a população entrar em conflito direto com seus governantes, enquanto isso o Governo (Municipal, Estadual e Federal) tenta contornar a situação, mas no fundo cada um segue a sua própria lei e enquanto ficamos entretidos, mais e mais nossos bolsos se esvaziam e a pergunta fica no ar onde está essa Ordem? Onde está o tão esperado Progresso?

Isaac S. de Farias

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um pouco do deles: O complexo de vira-latas, ontem e hoje




A respeito do post Um breve desabafo, inicio minha série sobre o assunto com um texto de Roberto Amaral

“A ponte Rio-Niterói é, portanto, uma linda obra turística, cuja prioridade não se justifica em um país de escassos recursos que se defronta com necessidades berrantes que aí estão nesta mesma região do País, clamando pela ação do Governo”. (Eugênio Gudin, O Globo, 2/3/1974)

Foi Nelson Rodrigues, em crônica às vésperas da Copa do Mundo de 1958 (Manchete esportiva, 31/5/1958), quando a seleção brasileira partia desacreditada para a disputa na Suécia, quem grafou o conceito de “complexo de vira-latas”, resumo de um colonizado e colonizador sentimento de inferioridade em face do estrangeiro e do que vem de fora, seres e coisas, ideias e fatos.

Impecável a definição, cujas raízes nos levam à empresa colonial e ao escravismo, à dependência cultural às diversas Cortes que sobre nós reinaram e ainda reinam.

Peca, porém, o teatrólogo genial e reacionário militante ao atribuir tal “complexo” a um fenômeno nacional, como se fosse ele um sentimento de nosso povo, de nossa gente, pois nada é mais povo brasileiro do que o torcedor de futebol.

Esse sentimento existe, mas regado pela classe dominante brasileira, desde a Colônia, que sempre viveu de costas para o país e com os sonhos, as vistas e as aspirações voltadas para a Europa. Terra de “índios desafeitos ao trabalho”, de “negros manimolentes e banzos” e “europeus de segunda classe”, nosso destino, traçado pelos deuses, era a de eternos coadjuvantes. História própria, industrialização, destino de potência... ah, isso jamais!

Nem no futebol, pois havíamos perdido as copas de 1950 e 1954 justamente porque éramos (eram nossos jogadores) um povo mestiço.

Pensar grande, pensar na frente, projetar-se no mundo e na História, isso é coisa de visionários ou políticos “populistas”.

Tal cantochão reacionário foi construído pelos pensadores dos interesses dominantes (desde os que no Império advogavam o “embranquecimento da raça” e por isso, só por isso, chegaram a admitir a abolição da escravatura), e ainda hoje é o refrão da direita impressa.

Para essa gente, o destino de nosso país era o de exportador de café e importador de manufaturas (“porque produzir aqui se podemos importar o produto estrangeiro, melhor e mais barato?”), e agora é o de exportador de soja e minério in natura. Amanhã, que os fados nos protejam, o destino que nos devotam é de exportadores de óleo bruto, como o Iraque, o Irã, a Venezuela, a Arábia Saudita…

O único engenho concedido ao nosso povo é o carnaval, comercializado pela tevê monopolizada. Mas dizem ao nosso povo os jornalões que não temos capacidade de construir meia dúzia de estádios.

Mesmo o futebol entrou em questionamento, depois que o Santos caiu de quatro nos gramados japoneses. A grande imprensa agora prescreve que o futebol brasileiro precisa reaprender com o catalão, repleto de atletas estrangeiros, inclusive, brasileiros…

Um bom representante desse pensamento conservador - que no Império ceifou pioneiros como Mauá - é Eugênio Gudin, criador (ao lado de Octavio Gouvêa de Bulhões) do ensino da economia em nosso país, e fundador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas. Monetarista e anti-desenvolvimentista, anti-varguista e anti-juscelinista, iluminador do moderno neoliberalismo brasileiro, combatia a intervenção do Estado na economia, o apoio (com incentivos ou o que fosse) à industrialização, e defendia com unhas e dentes, desconsiderando a realidade objetiva, o equilíbrio financeiro e a austeridade fiscal.

Gudin, como a maioria dos economistas, gostava de falar em “custo de oportunidade”, que procura medir o que poderia ter sido feito em saúde, educação e mais isso e mais aquilo, com os gastos de determinada obra ou melhoramento. Por exemplo, quanto poderíamos ter investido em saúde se não investíssemos na transposição do São Francisco, em que pese ao preço de deixar à míngua milhões de brasileiros do semi-árido nordestino...

Por isso, Gudin, como a classe dominante e a direita impressa, foram contra Brasília e mesmo contra a ponte Rio-Niterói, e são, agora, contra o trem-bala que ligará Campinas-São Paulo ao Rio de Janeiro.

Ainda na ditadura, um falecido jornalão carioca insurgiu-se contra as obras do metrô em nossa cidade, sob o tacanho argumento de “que ainda não haviam sido esgotadas as possibilidades do trânsito de superfície”.

Chateaubriand, nosso Cidadão Kane, mobilizou sua cadeia de jornais e rádios para combater os investimentos da União na triticultura gaúcha “porque era muito mais barato importar trigo dos EUA’”, que então renovavam seus estoques de guerra.

Agora mesmo há os que julgam desperdício os investimentos em hidroelétricas e em Angra III.

Ora, em país que de tudo carece, tudo é urgente e igualmente tudo é adiável. Mais importante do que o “custo de oportunidade” é a oportunidade do investimento, ainda que signifique o atraso de obras e serviços “inadiáveis”.

Assim foram os investimentos dos anos 50 na Petrobras (que Gudin e outros consideravam um desperdício, até por que “o Brasil não possuía petróleo”) e a seguir os investimentos da estatal em pesquisa, de que a prospecção em águas profundas é apenas um dos frutos. Aos míopes daquele então, pergunto: que seria o Brasil de hoje dependente da importação de petróleo? Que será o Brasil de amanhã sem energia elétrica?

Aí então é que não podemos pensar em saúde e educação universais. Mas, para os áulicos do conservadorismo, tudo o que significa investimento com vistas ao futuro deve ser adiado, como supérfluo. Daí o desmantelamento tecnológico de nossas forças armadas, daí o atraso da indústria nuclear, daí o atraso na indústria espacial, daí o atraso na produção de fármacos, na recuperação das ferrovias.

Paremos aqui, pois o rol é interminável.

O Brasil de hoje mostra a relevância dos “injustificáveis investimentos” na construção de Brasília (incorporando à economia mais da metade do território nacional) e da ponte Rio-Niterói, a qual, aliás, já dá sinais de saturação.

Todo mundo pode construir seu trem-bala. Podem o Japão, a China, a Itália, a França, a Espanha… mas o Brasil, não, pois aqui “há outras necessidades exigindo recursos”. E na China e na Espanha por acaso já não há mais nada pedindo investimentos? Seus críticos de boa e de má-fé reduzem o projeto à ligação entre as duas maiores metrópoles do país, ou seja, a um simples sistema de transporte, o que, convenhamos, já o justificaria.

Mas aos esquecidos lembremos o processo de urbanização que essa nova via proporcionará, criando em torno de seu trajeto e de suas estações novas condições de vida e moradia, desafogando os grandes centros, atraindo serviços e indústrias, ou seja, promovendo o desenvolvimento que ensejará investimentos em saúde, educação, saneamento etc.

Bem-vindo, Um Pouco do Nosso!


Quando tiver mais tempo respondo ao post da Jamile sobre o Brasil. Por enquanto eu gostaria de dar boas vindas ao blog.

Eu vou explicar: quando eu montei este blog (e eu sou o administrador) tinha em mente um espaço democrático em que o progressista (eu), o poético meio revolucionário (Isaac), a revoltada (Jamile) e o sarcástico sem muita definição política (Lucas, meu irmão) pudessem debater em liberdade sem se ofender e sem se censurar.

Aí o blog foi ao ar e o que aconteceu? Virou espaço de poesias, piadinhas e filosofias. Não acho que foram coisas ruins, mas não foi bem o que eu desenhei para o projeto do blog.

O post da Jamile marca, assim, o verdadeiro nascimento do blog. Um espaço democrático em que cinco cabeças podem discutir livremente sobre tudo. Jamile falou sobre o Brasil. Ela tem uma opinião e, finalmente, mostrou isso ao mundo. Minha opinião é diferente e, enquanto não puder responder democraticamente, compartilho texto de Roberto Amaral.

Bem-vindo à vida, Um Pouco do Nosso!

domingo, 2 de junho de 2013

Um breve desabafo...


Tenho em mente algumas ideias que, diga-se de passagem seriam revolucionárias.
Não entendo o por quê uma mulher não pode entrar em algumas áreas do exercito brasileiro, também não entendo e não concordo com o salário dos políticos; eles ganham muito mais do que o necessário, queria ver se um dia o salário for o que os mesmos determinam ser o suficiente para qualquer cidadão, haveria tantos 'bondosos' concorrendo e brigando por o cargo. Como por exemplo, nos dias de hoje, a hora do trabalho convencional vale apenas R$ 3,53. Sim, trabalhamos cento e noventa e duas horas mensais para ganhar um salário de seiscentos e setenta e oito reais.

Milhões investidos para um evento esportivo. Nossa, sabe o por que disso? Porque é uma brilhante forma de acumular capitais, fama e destaque. Bom, isso é muito bom. Mas, só é bom de fato quando o mérito é dado a algo que realmente tem o merecimento, então... Vamos lá, pra que por a bunda de estrangeiros ricos em poltronas forradas enquanto um brasileiro é jogado em corredores de hospitais por falta de leitos? Pra que montar uma estrutura de segurança para receber o mundo, maior que os pelotões de todo o estado de Pernambuco? Pra que ter médicos, enfermeiros e técnicos preparados em grande quantidade dentro de um ginásio, enquanto, só no Amazonas, 237 ou mais vidas são jogadas 'ao lixo' todos os dias por negligências medicas, negligências publicas. Por que contratar uma equipe muito bem preparada para construir as estradas de acesso até o local, enquanto milhões de pessoas vivem em ruas que, mal tem saneamento? Pra que, tantas boas vindas, num pais que investe menos de 5% do PIB(Produto interno bruto)na educação?

Ah, e sabe porquê essas criticas são, diga-se de passagem revolucionárias? porque uma revolução vem quando mexe onde, quem já esta no poder, não quer mexer. Então, quem vai aceitar que isso mude? Eu, você? E o Marechal do exercito, vai querer mulheres na cavalaria ou na infantaria, quem sabe na AMAN? Ou quem sabe o presidente vai aceitar ganhar R$678,00 por mês?
Isso não é revolução, é necessidade. Tal qual que não é suprida porque, quem esta no poder, tem o poder de não aceitar o que, de fato... É justo para todos.

''Brasil educação, que porcaria, meu.''
''Brasil saúde, que doente...''
''Brasil copa do mundo, Ha!... Até os assentos são forrados.''

Brasil, um pais de todos?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um pouco do deles: O fim de um casamento?


Será o fim do casamento de 50 anos entre Mino Carta e sua Olivetti?



O vídeo acima foi extraído do site da Carta Capital.

Os 50 anos de jornalismo de Mino contribuíram positivamente para o país, incluindo um recuo da ditadura que seguiu ao golpe de 64 que Mino considera nossa segunda maior desgraça (a primeira foram os três séculos de escravidão).

Da Olivetti de Mino nasceram Quatro Rodas (que Mino criou sem saber dirigir e sem saber "distinguir um Fusca de um Mercedes"), o caderno de esportes do Estadão, o finado Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ, Jornal da República e, atualmente, Carta Capital.

Inspiração de uma grande geração de jornalistas, que vai de Paulo Henrique Amorim até o autor destas linhas, Mino segue estável em seu longo casamento com sua Olivetti Lettera 32. Um casamento que muito contribuiu para o jornalismo.